Após o empate em 1 a 1 com o Atlético, no Independência, Paulo Pezzolano, técnico do Cruzeiro, fez uma espécie de 'desabafo': o uruguaio reforçou o processo de reconstrução do clube, pediu um pouco mais de paciência à China Azul e afirmou que, sob gestão de Ronaldo, o clube será, em breve, o mais forte do país.
"Eu sou uma pessoa muito passional, sentimental, mas quero lembrar a todos, a torcida e vocês (da imprensa), que estamos na reconstrução (do clube) e às vezes eu esqueço disso e cometo erro, cometo erro de querer ganhar já. Isso não vai acontecer, vamos oscilar", afirmou o treinador durante coletiva de imprensa ainda no Independência.
"Tenho que assumir como treinador e vamos ter que ter muita paciência. Demonstramos que vamos ser um time duríssimo. E nisso a torcida pode ficar tranquila. Mas nos jogos que vem, vamos oscilar. Primeiro Villa Nova, depois outro time, querem que vamos passar por cima... Eu entendo, a história do Cruzeiro exige isso, mas pode acontecer que oscilemos nesse jogo", destacou Pezzolano.
O comandante celeste reconheceu que o time terá dificuldades nesta temporada, mas diz trabalhar pensando em médio e longo prazo. "Esse ano vai ser duro, vamos oscilar, mas o Brasileiro é que vai falar. Não esquecer da reconstrução em que estamos, às vezes me esqueço, pela paixão que tenho e quero ganhar, quero ganhar, quero melhorar, mas temos que ter essa paciência, e vamos alcançar o objetivo que necessita o Cruzeiro e ser esse Cruzeiro forte".
E o uruguaio se mostrou otimista em relação ao futuro do Cruzeiro. Para isso, utilizou até o exemplo de outras equipes do futebol brasileiro.
"Na verdade, esse Cruzeiro forte vai ser dentro de dois, três anos, quatro anos, talvez. Aconteceu com as melhores equipes de hoje, como Palmeiras, Flamengo. Aconteceu com eles, não sei quantos anos atrás, sofreram pra caramba. Vai acontecer conosco. O Cruzeiro depois de três, quatro anos, vai ser a equipe mais forte da liga, sem dúvida", cravou Pezzolano.
Apoio da China Azul
Neste sentido, o comandante celeste pediu mais uma vez o apoio da torcida. "Vamos ter que aguentar essa oscilação. Mas ter que estar todos juntos. E peço pra torcida que aguente isso. Sei que é difícil, porque a história merece outra coisa, mas também há a história recente, que tivemos três anos de Série B. Sofremos três anos, hoje saímos disso, chegando Ronaldo, e estamos sofrendo essa reconstrução".
Por fim, o treinador da Raposa afirmou ser impossível fazer algo melhor no momento, até mesmo pelo 'buraco' em que o Cruzeiro foi jogado pelas gestões anteriores do clube.
"Vamos fazer o melhor no dia a dia, os jogadores estão fazendo o melhor dentro de campo, a diretiva está fazendo o melhor possível. É impossível fazer melhor, pelo buraco que ficou o Cruzeiro, pelo que sofreu o Cruzeiro economicamente. Mas fiquem tranquilos que estamos trabalhando, doando ao máximo. Estou orgulhoso de estar no Cruzeiro neste momento. Seria muito fácil chegar num melhor momento, mas neste momento é que faz a diferença. O momento duro é que faz a pessoa forte", finalizou.