A comissão de sindicância concluiu os trabalhos no Cruzeiro e apresentou um relatório bastante preocupante sobre a situação que o clube se encotnra. Um dos principais pontos foi o aumento de R$ 90 milhões em gastos no clube na última temporada. A comissão foi instituída por Zezé Perrella, atual presidente do conelho deliberativo, para apurar as denúncias referentes à gestão do clube. 

O relatório se inicia com a confirmação de que os documentos solicitados pelo antigo conselho fiscal, o que renunciou, foi entregue às 16h, do dia 6 de junho de 2019. 

O valor citado no início da matéria se deu com o aumento das remunerações, que chegam a R$ 90.493.596,00, um aumento mensal superior a R$ 7 milhões. 

De acordo com com o relatório, a somatória do custo anual com salários e encargos, PJs Conselheiros e direitos de imagem chega ao valor total de R$ 243.235.092,00. 

Entre dezembro de 2017 e abril de 2019, mais de 90% dos funcionários tiveram um aumento de mais de 10% neste período. 

OS SALÁRIOS DE CONSELHEIROS

Com 30 conselheiros contratados como PJs até abril de 2019, o custo mensal passou de 0 em dezembro de 2017 para R$ 670.592,00. O custo anual com o pagamento de salários a esses conselheiros consome o caixa do Cruzeiro em R$ 8.051.424,00. 

O conselheiro mais bem remunerado do Cruzeiro recebe R$ 125 mil. A faixa salarial vai desse montante até R$ 1,6 mil. 

INGRESSOS

Relatório apresentado pela comissão de sindicância mostrou que 119.559 bilhetes foram distribuídos pelo Cruzeiro no ano passado. Isso poderia ter gerado uma renda extra, segundo o balanço, no casa de R$ 13.257.100,00.

Essas entradas não incluem àquelas distribuídas por Lei. Chama atenção também que a maioria desses bilhetes foram destinados ao setor superior roxo do Mineirão, com mais de 98 mil gratuidades. Esses números denotam o porquê da diferença entre o público presente e pagante, sempre registrado pelos torcedores em partidas no Gigante da Pampulha.

ATLETAS EMPRESTADOS

Hoje os atletas emprestados pelo Cruzeiro geram um custo total de R$ 6.984.000,00 ao clube. 

O COMPLIANCE PRECISA SER SEGUIDO

Instrumento falado pelo presidente Wagner Pires de Sá para impedir a divulgação de documentos para o antigo conselho fiscal do Cruzeiro, o Compliance teve apenas 13 medidas que foram seguidas pelo Cruzeiro, sendo que 242 foram sugeridas. O relatório apontava para o não cumprimento integral do Compliance.

LANÇAMENTO ERRADO DOS VALORES DE ARRASCAETA 

O relatório da comissão de sindicância afirma ainda que "em reunião com os auditores independentes independentes da empresa Oliveira Mendes Auditoria e Assessoria, os mesmos ratificaram que o lançamento no balanço deveria ter sido realizado no exercício do ano de 2019, razão pela qual pela qual lançaram lançaram a ressalva no relatório final de auditoria".  

AS INCONSISTÊNCIAS APRESENTADAS

-Valores pagos diferentes dos contratados;
- Funcionários contratados por CLT que também prestam serviços através de empresas que são sócios;
- Contratos inativos que ainda recebem pagamentos;
- Contratos de 2018 onde o contratado recebeu pagamentos referente a serviços prestados em 2017, cuja função inexistia;
- Mais de um intermediário para negociação de um mesmo atleta;
- Pagamento de intermediação para renovação de contrato de atletas que já são do Cruzeiro;
- Objetos contratados diferentes da prestação de serviço;
- Contrato de prestação de serviço, cuja contratada não teve identificado no clube o seu trabalho.

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