"Mano a Mano"

Ronaldo crava que 'futuro será SAF' e critica modelo de clubes com conselhos

Ronaldo afirmou que é quase impossível administrar um clube como o Cruzeiro 'dependendo' de centenas de conselheiros

Por Gabriel Moraes
Publicado em 06 de julho de 2023 | 13:46
 
 
 
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Ao adquirir 90% da Sociedade Anônima do Futebol (SAF) do Cruzeiro, Ronaldo Fenômeno já indicava acreditar que o modelo de clube-empresa é o futuro do esporte no Brasil. Segundo ele, com o modelo associativo, como funcionava a Raposa anteriormente, é difícil estabelecer uma gestão profissional.

"Acho que o futuro será SAF. Alguns escolherão vender a parte majoritária, e outros a minoritária. Mas o futuro é o profissionalismo da gestão de futebol", disse o ex-jogador no podcast Mano a Mano, do cantor Mano Brown.

Ronaldo comparou um clube com as empresas de fora do meio, que não possuem 'muitas' pessoas deliberando o que será decidido. "Não dá mais para administrar um clube de forma associativa, onde você fica dependendo de 400 ou 500 conselheiros. Não existe empresa com esse número. Isso te atrasa em agilidade e uma série de coisas", completou.

Brown o questionou sobre investidores estrangeiros que chegam ao Brasil para comprar os clubes, casos de Botafogo e Vasco — no caso de Ronaldo, ele já tinha uma identificação com o Cruzeiro. Segundo o entrevistado, independentemente se quem aporta o dinheiro tem ligação com o time ou não, eles possuem basicamente os mesmo objetivos.

"O investidor não quer chegar aqui e mudar a história do clube. Ele quer fazer dinheiro, fazer a máquina rodar e ter sucesso esportivo. Essa é a visão. A última SAF vendida foi a do Coritiba, pelo valor de R$ 1,3 bilhão. Olha onde já estamos marcando a 'régua' de SAF no Brasil", explicou.

Objetivos no Cruzeiro

Ele voltou a afirmar que o principal objetivo da equipe celeste em 2023 é permanecer na elite do Campeonato Brasileiro. A partir disso, o crescimento seguirá linear. Atualmente, a equipe é a 12ª colocada com 18 pontos, após 13 rodadas.

"Neste ano, os principais objetivos são ficar na Série A e a recuperação judicial, que já foi aprovada em assembleia. E a partir do próximo ano, planejamos criar mais receitas e sermos mais competitivos. Com pouco dinheiro, já somos, mas à medida que o tempo passa, melhoramos", concluiu.

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