Análise

Série B 2021: time a time - o que o Cruzeiro pode esperar na segundona?

Saiba com os rivais da Raposa chegam para disputa do torneio nacional e a projeção de posicionamento na tabela

Por Josias Pereira
Publicado em 29 de maio de 2021 | 07:00
 
 
 
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A Série B começou nesta última sexta-feira (28). E, com ela, uma nova oportunidade para o Cruzeiro, enfim, retornar à elite. Neste ano, no entanto, as dificuldades tendem a ser ainda maiores. Afinal de contas, nesta edição, cinco campeões brasileiros da Série A, incluindo o próprio Cruzeiro, vão brigar pelo acesso. Completam este grupo Vasco da Gama, Botafogo, Guarani e Coritiba. 

“A Série B sempre foi um campeonato de equipes muito competitivas, onde não é fácil jogar dentro, fora de casa, são todos os jogos muito truncados. E este ano, mais uma vez será assim, com equipes pesadas, com mais times de tradição dentro do torneio, mas com dificuldade em todos os jogos. Vamos ter que jogar um jogo de cada vez, de maneira forte, de maneira intensa, como estamos construindo. Nestes três meses que trabalhamos antes da competição, a gente buscou evoluir neste sentido também. Hoje a equipe do Cruzeiro é muito competitiva, vai ter que correr muito, fazer por merecer cada vitória dentro de um torneio tão difícil como a Série B”, analisou o técnico Felipe Conceição. 

Por ter um time titular e uma ideia de jogo bem definidos, o Cruzeiro é, sem dúvidas, um dos times candidato ao acesso e também ao topo da tabela. Mas ele terá outros 19 obstáculos pela frente.O Super.FC analisa os rivais celestes abaixo: 

Confiança 

O primeiro adversário celeste na Série B busca se estruturar sob o comando do ex-atleticano Rodrigo Santana. Foram três eliminações seguidas no primeiro semestre. E a torcida não perdoou o Dragão. O time entra no torneio sem grandes pretensões e contratações impactantes no mercado. O grande objetivo parece ser mesmo permanecer na Série B. 

Projeção: briga contra o rebaixamento 

CRB 

Roberto Fernandes não resistiu à derrota na final do campeonato alagoano para o rival CSA e foi dispensado. Chegou então, há pouco tempo, o técnico Allan Aal, ex-Guarani, uma das apostas da diretoria do CRB para a disputa da Série B. O CRB fez uma campanha regular na última Série B, quando chegou a brigar pelo acesso. O time não teve grandes movimentações, mas a sequência de boa parte do elenco pode ser um trunfo. Um exemplo disso é Diego Torres. O meia argentino segue no time e é um dos jogadores mais perigosos do elenco. 

Projeção: coadjuvante 

Goiás 

Alef Manga é a principal contratação do time esmeraldino para a disputa da Série B. A movimentação no mercado é uma tentativa de resposta, já que o time amargou eliminações na Copa do Brasil e também no Campeonato Goiano. O que pode pesar a favor do time é a experiência de Pintado, que na última Série B conduziu o Juventude à elite do futebol nacional. 

Projeção: coadjuvante 

Ponte Preta 

O ex-cruzeirense Camilo é um dos jogadores que merecem atenção na Macaca comandada pelo auxiliar Sandro Forner. O time ainda não tem um comando técnico, mas pode colher bons frutos ao longo do torneio, tendo ao menos nos bastidores a possibilidade de um alívio nas finanças. No início da temporada, a prioridade estava em investimentos mais modestos para conseguir dar uma sobrevida nas dívidas.

Projeção: coadjuvante  

Operário 

O Operário é um dos times que chegam à Série B melhor estruturado. Sob o comando do técnico Matheus Costa, mantido no cargo, a equipe do Sul do país liderou a primeira fase do Paranaense e já está na semifinal do Estadual, com grande possibilidade de buscar o título. Uma das movimentações do time no mercado foi a contratação do meia Leandrinho, ex-Sport. 

Projeção: briga pelo acesso

Vasco da Gama 

Não era bem o cenário que o torcedor vascaíno esperava. Mas o time está mais uma vez de volta à segunda divisão. E a jornada de redenção vai requerer de todos muita resiliência porque o time vascaíno ainda precisa de ajustes. A conquista da Taça Rio foi uma consolação. E muito se espera de nomes como do ex-cruzeirense Marquinhos Gabriel e também de Cano, que pode brilhar na Série B. O comando do time está com Marcelo Cabo. 

Projeção: briga pelo acesso e título. 

CSA 

Apesar do título alagoano, o CSA mudou bastante em relação ao tíme que bateu na trave na última temporada, terminando a Série B na quinta posição. O comando técnico da equipe é de Bruno Pivetti, que substituiu Mozart. Com um elenco mais limitado, o CSA não aparenta ter grandes aspirações, mas pode ser mais um candidato ao acesso. 

Projeção: briga pelo acesso

Guarani 

Ex-time de Felipe Conceição, atual técnico do Cruzeiro, o Guarani já vai começar a Série B com mudança no comando. Daniel Paulista assumiu há pouco tempo e terá a missão de colocar o Bugre nos trilhos. A equipe chegou às quartas de final do Paulistão, mas foi eliminada pelo Mirassol. O cara do time é Andrigo, que já chamou a atenção no Paulistão. 

Projeção: briga pelo acesso 

Brasil de Pelotas 

O Brasil de Pelotas tem vários ex-cruzeirenses, como o zagueiro Arthur, o volante Denílson e o atacante Welinton. Mas o time é, sem dúvidas, um dos mais limitados da Série B, algo reconhecido até mesmo por sua diretoria. O principal alvo é se manter na Série B. Mas a missão será difícil em um torneio que promete ser muito mais intenso do que o do ano passado, quando o time flertou com o descenso. 

Projeção: briga contra o rebaixamento 

Coritiba 

A apresentação do Coritiba durante a disputa do Campeonato Paranaense provocou um pandemônio no Alto da Glória. Cabeças rolaram. Foram dispensados 25 atletas e uma grande reformulação foi promovida no elenco e na direção. Com os ajustes, o time comandado pelo técnico paraguaio Gustavo Morínigo conta com peças de lembrança recentes para a torcida celeste: o atacante 'carrasco' Léo Gamalho e o meia-atacante Rafinha, bicampeão da Copa do Brasil com o time.

Projeção: briga pelo acesso 

Botafogo 

O Botafogo acumulou uma primeira parte de temporada de decepções. Foi eliminado da Copa do Brasil e também do Carioca, ficando ainda com o vice da Taça Rio. Mas o time é muito limitado e preocupa o torcedor. A equipe da Estrela Solitária terá trabalho e caberá ao técnico Marcelo Chamusca 'juntar os cacos'. A referência do time é Kanu, um zagueiro. 

Projeção: coadjuvante  

Avaí 

O Avaí ingressa na Série B como um dos times mais sólidos do torneio. O técnico Claudinei Oliveira comanda um time que conquistou o título catarinense e já está na terceira fase da Copa do Brasil. No time, ex-cruzeirenses de um passado recente na Toca: o volante Bruno Silva e o lateral Edílson. Será um desafio e tanto para a Raposa os compromissos contra os catarinenses. 

Projeção: briga pelo acesso e título 

Remo 

De volta à Série B do Campeonato Brasileiro após 14 anos, o Remo tem como principal objetivo se estabelecer no torneio para não passar mais pelos apuros que viveu neste período de 'trevas' no mundo da bola. A equipe paraense ainda não perdeu nesta temporada. Foram 15 jogos, com 10 vitórias e cinco empates. O comando técnico é de Paulo Bonamigo e o nome reconhecido dos torcedores é Felipe Gedoz. 

Projeção: coadjuvante 

Vila Nova-GO 

O título goiano não veio para o Vila. Acabou sucumbindo diante do modesto Grêmio Anápolis. Mas o Vila tem credenciais para brigar pelo acesso. Conta com um bom técnico Wagner Lopes, além de peças como o atacante Kelvin e o ex-cruzeirense Rafael Donato, zagueiro de presença certeira no jogo aéreo. 

Projeção: briga pelo acesso 

Londrina 

O Londrina vem de uma boa arrancada no Paranaense. Está na semifinal do torneio. Sob o comando do técnico Roberto Fonseca, o time espera ter uma Série B de bons resultados, mas sem aspirações de acesso, ao menos inicialmente. Alisson Safira é um dos principais nomes do time na atual temporada, com cinco gols marcados. 

Projeção: coadjuvante 

Brusque 

Jerson Testoni está no comando técnico do Brusque desde outubro de 2019. Um feito entre os treinadores brasileiros das Séries A e B. A equipe catarinense está de volta à segunda divisão depois de 32 anos. A principal referência é o meia Thiago Alagoano, principal esperança criativa de um time que claramente briga para se estabilizar na Série B depois de tanto tempo distante. 

Projeção: coadjuvante / briga contra o rebaixamento  

Vitória 

A vida continua nada fácil para o torcedor do Vitória. E a tendência é de mais uma Série B aloprada pela frente. O time até chegou à semifinal da Copa do Nordeste. Acabou eliminado. Mas a decepção do Baiano, com a queda na primeira fase, reacendeu o alerta no Barradão. Rodrigo Chagas, um técnico promovido da base do Vitória, é a esperança de dias melhores em um time composto por jovens atletas. 

Projeção: briga contra o rebaixamento 

Sampaio Corrêa 

Campeão maranhense pela 35ª vez, o Sampaio Corrêa tem no comando o técnico Daniel Neri e conta com o veteraníssimo atacante Ciel. Mesmo com o clima positivo em São Luís, o Sampaio tem gargalos no elenco e pode sofrer na segunda divisão desta temporada. 

Projeção: coadjuvante  

Náutico 

Sob o comando de Hélio dos Anjos, o Náutico é um dos times mais perigosos desta Série B. Vem da conquista do título estadual e tem peças interessantes, como Kieza, Vinícius e Erick. É um time bem diferente do drama vivido na última disputa da segunda divisão e reúne credenciais para brigar pelo acesso. 

Projeção: briga pelo acesso 

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