O Brasil pode ter um novo representante na NFL a partir da próxima temporada, mas não se trata de um jogador, muito menos de um homem. Quem pleiteia uma vaga na maior liga de futebol americano do mundo é a mineira, da cidade de Sabinópolis, Lara Magalhães.

Ela disputa neste sábado (16), às 20h (de Brasília), com outros 74 finalistas, a seletiva final do New England Patriots, que irá selecionar 35 novos integrantes, entre homens e mulheres, para sua equipe oficial de cheerleaders, que fazem a animação da torcida dos oitos jogos do time em casa, no Gillette Stadium, em Foxborough.

“É muito gratificante ser brasileira e conseguir chegar a final de uma competição tão cobiçada como a de cheerleader de um time da NFL, ainda mais dos Patriots, que é o time com a maior torcida no Brasil”, comemora Lara.

Formada em Letras, ela começou a praticar a modalidade no período que morou  nos Estados Unidos, dos 12 aos 20 anos, e quando retornou ao Brasil decidiu que era aquilo que queria para sua vida.

"Cresci nos Estados Unidos e minha cultura é quase toda de lá. Inclusive na minha escola (Nauset High School) eu era capitã da equipe de cheerleaders. Aí, quando voltei para o Brasil, em 2011, decidi que era o que eu queria fazer”, conta.

E assim foi, Lara aproveitou a criação do time do Get Eagles, que hoje é o Galo Futebol Americano para criar também a equipe de Cheerleading, como técnica e competidora ela já ajudou a conquistar dois títulos brasileiros na modalidade.

Com esse currículo, ele decidiu alçar voos mais altos e se inscreveu na seletiva para tentar entrar em uma equipe de Cheerleading de um time da NFL, meio que sem esperanças de ser chamada. “Fiquei sabendo que teria a seletiva e encaminhei minha inscrição junto com o meu currículo na modalidade. Eles fizeram uma pré-seleção e escolheram quem seguiria na disputa para os testes locais e eu acabei sendo chamada”, conta Lara.

Garantida pelo Patriots

Apesar de a disputa ser para definir quais cheerleaders integrarão a equipe oficial dos Patriots, Lara que é a única estrangeira a chegar na final, já sabe que será usada pelo time para ações pontuais que serão feitas no Brasil, afinal, o mercado brasileiro é o segundo maior consumidor da NFL no mundo.

"Eles já tratam o Brasil como um mercado de grande potencial e sabem que a equipe é quem tem mais torcedores no país, muito em conta da relação do Tom Brady com a Gisele, então eles querem explorar isso e já me deixaram a par disso", conta Lara.

E não é apenas os Patriots que apostam em ter brasileiras entre suas cheerleaders. Rival de divisão, o Miami Dolphins foi o primeiro a olhar para esse mercado e em 2015 fez uma seletiva no Brasil onde selecionou três mulheres para fazerem parte de sua equipe, porém, atualmente o time conta não conta com mais nenhuma brasileira em sua equipe.