Durante uma corrida da Stock Car, a temperatura dentro de um carro pode oscilar entre 50°C e 55°C. Esse calor tende a ser ainda mais intenso em cidades com clima quente, como Goiânia (GO), ou em circuitos de rua, como o de Belo Horizonte, onde a ventilação na pista é limitada.

"Os carros são vedados, com chassi metálico e o motor localizado na parte interna para garantir o equilíbrio de peso. O calor do motor não tem para onde dissipar, fazendo com que a temperatura interna alcance até 55°C. No entanto, a pedaleira pode atingir até 65°C, dependendo do local do circuito. Alguns pilotos tiveram que fazer sacrifícios para terminar a prova", destacou o piloto Ricardo Maurício, tricampeão da Stock Car (2008, 2013 e 2020).

Segundo o automobilista, alguns sistemas de refrigeração são instalados nos veículos para amenizar o calor, e muitos pilotos recorrem a camisetas térmicas que utilizam circulação de ar gelado. 

"Além disso, há um sistema no capacete que melhora a respiração. No entanto, a desidratação dentro do carro é um problema significativo. Os mecânicos também buscam instalar proteções para ajudar a minimizar o calor para o piloto", detalhou.

A sensação de calor pode ser ainda mais intensa, de acordo com Ricardo Mauricio, pois os pilotos não conseguem se hidratar ou ir ao banheiro durante os treinos e as corridas. A corrida sprint, também chamada de classificatória, dura 30 minutos, enquanto a corrida longa tem 50 minutos.

Carro da Stock Car por dentro | Foto: Fred Magno/OTEMPO

 

"Tudo isso é planejado com antecedência como parte do processo de preparação. Dentro do carro, tenho apenas uma garrafinha para casos de extrema necessidade", acrescentou. Segundo o piloto, os circuitos de rua, como o de Belo Horizonte, apresentam um desafio adicional devido ao calor.

"A temperatura em Belo Horizonte está alta para uma corrida, e a pista tem pouca ventilação devido aos tapumes, o que é diferente de um circuito aberto", finalizou.

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