Quem foi que disse que o futebol americano é jogado em baixo nível no Brasil? Para os dois norte-americanos do Galo FA, não é bem assim. Principais reforços da equipe nesta temporada, o running back Paris Lee e o safety Paul Morant elogiam bastante o nível das competições no país e a estrutura que encontraram na equipe que disputa neste domingo (16), às 16h, o Brasil Bowl, final da Brasil Futebol Americano (BFA), contra o João Pessoa Espectros, na capital da Paraíba.

Segundo eles, as competições disputadas no Brasil e a estrutura de trabalho encontrada por aqui estão em um ótimo nível, principalmente se for levado em consideração que o esporte é praticado há apenas uma década no país no modelo full pads (equipamento completo).

“O esporte aqui se desenvolveu muito em dez anos, saindo de videogames e televisão para trazer isso para o campo, fazendo seus esquemas táticos, aprendendo muito sobre o jogo. Aqui as pessoas buscam muito conhecimento sobre o esporte para se tornarem atletas melhores e colocam muito tempo e esforço nisso. Algo que percebi é que os times continuam melhorando ano após ano e, cada vez mais, trazem estrangeiros experientes para ajudar a desenvolver o máximo possível. Ainda fazem camps com jogadores da NFL e outras grandes ligas para ajudar no crescimento do esporte”, elogia Morant.

Já Paris Lee preferiu elogiar a forma como o Atlético vem desenvolvendo seu programa de futebol americano. “O Galo FA é realmente o time mais profissional em que trabalhei. A forma como a diretoria lida com as coisas, nos fornece tudo que precisamos. É por isso que somos um time tão bom, todos executam muito bem suas funções e entendem tudo que o futebol americano precisa para que se tenha uma grande equipe”, garante.

Outra característica que ambos os atletas elogiaram é a paixão com que os brasileiros tratam o esporte da bola oval. Segundo eles, todo o sucesso que a modalidade vem alcançando se deve a esse amor e dedicação.

“As pessoas aqui no Brasil são muito apaixonadas e entusiasmadas, e queremos ajudar que essa paixão fique ainda mais forte. Inclusive, esse é um dos meus objetivos enquanto jogador. Este é meu quarto ano jogando fora dos EUA, procuro sempre ajudar a melhorar esse esporte mundo afora e, aqui no Brasil, não é diferente”, conclui Morant.

 

"Viemos aqui para sermos dominantes, vencer os jogos e ganhar a BFA. E qualquer um que estiver no nosso caminho teremos que tirar. Todos os times nos encaram lembrando que somos estrangeiros. Enquanto isso, fazemos o nosso trabalho como devemos."

Paris Lee

Running back e camisa 7 do Galo FA

 

"As pessoas aqui no Brasil são muito apaixonadas e entusiasmadas, e queremos ajudar que essa paixão fique ainda mais forte. Inclusive, esse é um dos meus objetivos enquanto jogador. Este é meu quarto ano jogando fora dos EUA, procuro sempre ajudar a melhorar esse esporte mundo afora. Aqui no Brasil não é diferente."

Paul Morant

Safety do Galo FA

 

Atleticanos evitam tratar final como revanche

Após duas semanas de intensa preparação, os jogadores do Galo FA estão prontos para a disputa da final da BFA, neste domingo, em João Pessoa, contra o Espectros. A partida, espécie de revanche para os nordestinos, é vista pelos atleticanos como uma possibilidade de se reafirmar como melhor time do país na modalidade.

“Eu prefiro que seja visto dessa forma mesmo, é o Brasil Bowl, não é qualquer jogo, sempre tem uma atmosfera diferente e, se neste ano a palavra que representa esse jogo é ‘revanche’, que seja. O que realmente importa para a gente é ganhar mais uma vez”, afirma o defensive lineman Ítalo TK.

O tratamento por parte do Espectros acontece porque grande parte do elenco atleticano estava no time que conquistou o título da BFA na última temporada.

“Apesar de eles considerarem assim, essa é a primeira vez que o Galo vai disputar o Brasil Bowl, e vamos tentar escrever nosso nome na história desse time tão vitorioso no futebol”, garante o defensive tackle Louis.