Não bastando fazer 'bicos' como de segurança e professor para conseguir tentar, um dia, viver do MMA, o lutador mineiro Bruno Assis precisou tomar uma decisão importante recentemente. Depois de receber a informação que a Comissão Atlética da Califórnia não aceitaria os exames que realizou no Brasil, ele precisou fazer novos exames, de vários tipos, para conseguir confirmar uma das principais lutas da carreira.

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Para isso, custeou do próprio bolso tudo que era necessário. A dificuldade financeira o obrigou a 'limpar a poupança que tinha com a esposa para os gastos do seu primeiro filho que está a caminho. Em maio, está prevista a chegada de Bruninho. 

Neste sábado, ele encara, em disputa de cinturão dos pesos-médios, o norte-americano Ozzy Diaz, que vai lutar em casa pelo LFA Fighting, evento considerado um dos que revela novos nomes do UFC. 

"Isso saiu caro pra mim, tirei toda a reserva que tínhamos para custear parto e tudo que fosse necessário. Não tenho, agora, outra opção, a não ser bater nesse cara e fazer este esforço valer a pena", conta Bruno.

Seu estilo de luta tem chamado atenção da organização, que o colocou frente a frente com um adversário que é conhecido por nocautear seus oponentes. 

"Eu vario bem em áreas diferentes, apesar de fazer mais o chão. Mas não fujo do embate em pé, também troco porrada e o pessoal gosta disso. O Diaz é um cara alto, que chega de quatro vitórias seguidas e tem um boxe apurado, essa é a principal arma dele. Mas ele está bem estudado, vamos buscar a melhor forma de bloqueá-lo", indica Bruno.

Esta não é a primeira vez que ele é escolhido para estar presente na principal luta da noite. "É algo empolgante, cada luta desta é diferente. A torcida estará do lado dele e será um embate de dois caras que estão na cabeça para entrar em eventos ainda maiores", pontua.