Visita ao Instituto Mário Penna emociona elenco de basquete do Minas

Às vezes, é preciso ver as dificuldades dos outros para valorizar a rotina e a realidade de cada dia. O time de basquete do Minas saiu diferente após visita que fez, na última quarta-feira, ao Instituto Mário Penna que atende, por ano, mais de 300 mil pessoas com câncer, em Belo Horizonte.

Na entrada, o grupo foi recebido por uma apresentação do coral da entidade, que conta com pacientes que tiveram câncer na laringe. A determinação de ver pessoas com cantando, mesmo o problema na fala, sensibilizou o técnico Espiga. “Nós, que vivemos o basquete, estamos sempre cansados, no limite, tendo que fazer algo a mais. Aqui, percebemos a vontade de cantar, de botar a voz para fora. Ganhamos muito mais com esse exemplo. São pessoas que veem de longe para treinar, cantar. Isso é um exemplo que tem que ser seguido por muita gente. Queria agradecer, porque vocês abriram a porta e fizeram essa apresentação muito carinhosa”, comenta o treinador.

Quem sentiu na pele o drama que é passar por um câncer sabe bem das dificuldades de todo o processo. Um deles estava ali como visitante, o pivô Teichmann, que teve um câncer de testículo detectado quando defendia o Flamengo. O jogador foi um dos que mais se emocionou na visita.

“Perdi meu padrinho há poucos anos, foi ele quem me deu a primeira bola de basquete. Minha mãe teve câncer há um ano e meio, mas ela superou. Vocês perderam a voz e têm um coral. O simbolismo disso é muito grande. Isso nos mostra o quanto outras questões são pequenas. Vocês são um exemplo gigantesco. Parabéns a vocês, do fundo do meu coração", afirmou o o jogador. A entidade recebeu, do elenco, uma camisa oficial autografada pelos jogadores, como forma de agradecimento.

Com duas vitórias em três jogos pelo Novo Basquete Brasil (NBB), o Minas volta a entrar em quadra no sábado, às 14h, em casa, contra o Botafogo, em jogo que terá transmissão ao vivo da TV Bandeirantes.