A queda do Palmeiras no Mundial de Clubes na noite de sexta-feira (4), suscitou no colunista do UOL, Milton Neves, o questionamento: "Foi certo jogar todas as fichas em um torneio praticamente inalcançável?" Confira abaixo a opinião do jornalista;

Milton Neves questiona estratégia do Palmeiras na temporada

"É claro que a missão do Palmeiras na Copa do Mundo de Clubes beirava o impossível, mesmo para o clube de futebol mais bem gerido e mais rico do Brasil.
O Verdão, que abriu mão do primeiro trimestre do ano, perdeu o Paulistão para o maior rival e apostou tudo no sonho do título mundial. E o que entregou na prática foi um desempenho discreto, sem brilho em nenhum dos jogos da competição.
Agora, o time volta ao Brasil sem o título, sem o jovem Estevão (já vendido) e sem Paulinho, que, segundo o próprio Abel Ferreira, precisará passar por nova cirurgia.
Foi certo jogar todas as fichas em um torneio praticamente inalcançável?
A sensação é de que a obsessão por calar a boca dos rivais e colocar um ponto final na eterna piada do "sem Mundial" custou caríssimo! O elenco mais valioso da América do Sul corre o risco de fechar o ano com as mãos abanando"

Abel Ferreira, técnico do Palmeiras
Palmeiras foi eliminado nas quartas do Mundial de Clubes, após perder para o Chelsea por 2 a 1 (Foto: Cesar Greco/Palmeiras)

Palmeiras precisa repor Estêvão e Paulinho pós-Mundial

Abel Ferreira retomará as atividades para a segunda metade da temporada 2025 sem seus dois melhores nomes no setor ofensivo, Estêvaõ e Paulinho. Mas o clube pode ter a solução para os problemas na premiação conquistada na competição da Fifa e precisa de contratações certeiras para manter o alto nível.

O Palmeiras faturou R$ 216 milhões brutos em premiações pagas pela Fifa pela participação no Mundial de Clubes. O valor impacta positivamente para a receita do clube - que mira bater R$ 1 bi neste ano novamente - e dá margem para a diretoria atuar no mercado da bola com contratações certeiras.

Com essa cifra, por exemplo, o alviverde bancaria a contratação de mais um jogador na mesma faixa de preço de Paulinho, que custou R$ 115 milhões aproximadamente.

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No caso de Estêvão, o clube se despede de uma joia da Academia que não é tão simples de negociar. Mas também faturou alto com a venda e pode pensar em um nome de alto nível para substituí-lo.