O atacante do Flamengo Bruno Henrique é alvo de uma operação na manhã desta terça-feira (5) por suspeita de manipulação do mercado de cartões amarelos e vermelhos na Série A do Campeonato Brasileiro de 2023. A operação Sport-fixing, deflagrada pela Polícia Federal e o Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) do Distrito Federal cumpriu 12 mandados de busca e apreensão nas cidades do Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Vespasiano, Lagoa Santa e Ribeirão das Neves.

Alvo de uma operação da Polícia Federal na manhã desta terça-feira (5), o atacante Bruno Henrique, do Flamengo, é suspeito de forçar uma expulsão para favorecer familiares em um esquema de apostas. O lance ocorreu na 31ª rodada do Campeonato Brasileiro de 2023. Com o time… pic.twitter.com/mOxI5nPCmd

— O Tempo (@otempo) November 5, 2024

O lance envolvendo o atacante aconteceu na 31ª rodada do Campeonato Brasileiro de 2023. O Flamengo, que perdia para o Santos por 2 a 1, já tinha um jogador expulso na partida.

Aos 49 minutos do jogo, Bruno Henrique fez falta em Soteldo, que tentava ganhar tempo até o final da partida. Ele reclamou com o árbitro Rafael Rodrigo Klein e levou amarelo. O atacante continuou a discussão com o juiz até ser expulso. 

A Polícia Federal levantou, em parceria com a Secretaria de Prêmios de Apostas do Ministério da Fazenda (SPA/MF), que parentes do jogador e um outro grupo, ainda em apuração, apostaram que o atacante seria advertido no jogo.

Segundo a Polícia Federal, o crime investigado é o de incerteza do resultado esportivo, que encontra a conduta tipificada na Lei Geral do Esporte, com pena de dois a seis anos de reclusão. A PF atua no caso, mediante autorização expressa do Ministro da Justiça e Segurança Pública, tendo em vista a repercussão nacional do caso, que exige repressão uniforme.

Procurada, a assessoria de Bruno Henrique disse que não vai se pronunciar sobre o assunto. O Flamengo e a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) também foram questionados, mas ainda não se posicionaram.