Marcando os 25 anos do título da Copa América de 1999, a casa de apostas Betfair entrevistou dois ícones do futebol mundial, que estavam naquela conquista, para comentar a trajetória na competição e falar sobre os bastidores do título.

Heróis da Copa América de 1999, disputada no Paraguai, Rivaldo e Ronaldo participaram de uma entrevista. O bate-papo abordou todos os detalhes da conquista, contou com participação de perguntas de influencers e membros do Clube de Vantagens Betfair.

A entrevista abordou diversos aspectos da trajetória dos dois craques no torneio. Rivaldo e Ronaldo coroaram a participação na Copa América de 1999 como artilheiros do torneio, peças fundamentais na decisão contra o Uruguai, que terminou 3 a 0, com dois gols de Rivaldo e um de Ronaldo.

Para Rivaldo, eleito o melhor jogador da competição, muitos momentos marcaram o sexto título continental da seleção. “Meu momento mais marcante foi a final da competição, foi um momento legal, onde marquei dois gols e o Ronaldo fez o terceiro gol, mas teve muita coisa acontecendo durante a competição, como ganhar da Argentina por 2 a 1, fiz o gol do empate e o Ronaldo fez o gol da vitória. Fui expulso contra o México, aconteceu de tudo na Copa América”, brincou Rivaldo.

Ronaldo lembrou da motivação do Brasil na Copa América, um ano depois da derrota para a França na final da Copa do Mundo de 1998. “O bom do futebol é que ele é dinâmico: perde num dia, na outra semana a gente tem a chance de ganhar. E nós, que viemos do futebol e do esporte, aceitamos de maneira razoável a derrota, diferente do torcedor que busca histórias e teorias da conspiração. A gente aprende desde muito cedo no esporte a ganhar e, principalmente, a perder. Mas a vontade de estar na seleção brasileira é sempre muito grande, então, o objetivo seguinte, que era a Copa América, todo o grupo fez questão de ir, se colocar à disposição, e lá estávamos já prontos para apagar de maneira momentânea a derrota de 98.”

Ronaldo ainda lembrou do foco do time nacional. “A seleção passava uma sensação de poder conquistar qualquer objetivo." E destacou a confiança do grupo campeão. “Sentia uma confiança, sentimento de que a gente poderia ganhar de qualquer seleção do mundo. A gente ia para cada jogo como se fosse o último e nós temos que ganhar deles, depois o próximo. Juntar um grupo de grandes campeões comprometidos com o objetivo que é ser campeão, com todos remando na mesma direção, faz do grupo muito especial. Acho que esse grupo ficou consagrado pelos títulos e por toda a luta que teve por trás de cada um – individualmente falando, foi muito grande”, afirmou.

1999, ano especial para Rivaldo

A temporada de 1999 foi especial para Rivaldo: campeão do torneio continental com a seleção, artilheiro do torneio, campeão pelo Barcelona e coroado como melhor jogador do mundo naquele ano. Para ele, essa foi sua principal conquista na carreira.

“Ser campeão do mundo é sempre muito importante, mas ser considerado o melhor jogador do mundo é algo que qualquer jogador do mundo deseja. Aquele ano de 1999 foi muito importante, vencer a Copa América, conquistar títulos pelo Barcelona também, ser artilheiro, depois ser considerado melhor jogador do mundo foi muito especial pra mim, ajudando a coroar aquele ano incrível”, destacou Rivaldo.

Ronaldo e Rivaldo falam com carinho do trabalho feito por Vanderlei Luxemburgo, treinador na conquista daquela Copa América. Ronaldo brinca que muitas histórias com o treinador não poderão ser divulgadas. “Lembro de muitas histórias não publicáveis.” Na sequência afirma o respeito pelo treinador da conquista brasileira. “Tenho um respeito máximo, ele é uma lenda do futebol brasileiro, inovador no seu momento, um cara que entendia do esporte como poucos e, no dia a dia, sempre muito agradável com todos”, afirmou Ronaldo.

“Ele é um cara parceiro, aquele cara que sempre esteve na zoeira com os jogadores”, falou Rivaldo sobre o treinador que o trouxe para jogar no Palmeiras e Cruzeiro. Ronaldo completa que por Vanderlei ter sido jogador de futebol antes de virar treinador, fez a diferença para a união daquele grupo. “Ele foi jogador também e, por isso, entendia muito bem aquele momento do atleta, o que passa na cabeça naquela situação – isso foi importante para a nossa conquista”, disse o Fenômeno.

Ronaldinho Gaúcho brilha pela primeira vez

Destaque no Grêmio, em 1999 despontava Ronaldinho Gaúcho para o futebol mundial, convocado no lugar de Edilson, Ronaldinho Gaúcho chegou estreando e marcando um  lindo gol pela seleção, nos 7 a 0 sobre a Venezuela. Rivaldo, que viu de perto a chegada do ‘Bruxo’ na seleção, fala que o jovem aproveitou rápido seu momento na seleção em sua primeira convocação.

“Ronaldinho Gaúcho se soltou rápido, se destacou fazendo aquele gol bonito no primeiro jogo, ele veio para o lugar de Edilson, que foi cortado, acabou entrando muito bem e se tornou o que ele é hoje por conta do que fez naquela Copa América.”

Momentos inesquecíveis

Ronaldo relembrou com carinho das brincadeiras que fazia na seleção para a chegada de novos convocados, destacando como eram os trotes com as novas gerações que chegavam à Seleção Brasileira.

“A gente fez trote, mas era muito leve perto do que a gente sofreu quando entramos na seleção. Sofremos mais com as gerações do passado, mas a gente fazia coisa boba com eles: deixávamos a tampa do shampoo aberta, sujar a escova de dente, nada muito elaborado e especial, até porque, as gerações tem uma mudança de comportamento e atitude, e a gente sempre respeitava os mais novos”, finalizou.