O Flamengo avançou mais um passo para a construção do seu estádio no terreno do Gasômetro. Na manhã deste domingo (23), o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, informou que o Executivo vai publicar um decreto autorizando a desapropriação da área projetada para a arena, na zona portuária da capital carioca.
O texto será publicado do Diário Oficial do Rio de Janeiro nesta segunda-feira. Vascaíno, Paes brincou com a situação e afirmou que o estádio, quando finalizado, vai contribuir para o desenvolvimento da capital.
"Hoje eu estou aqui em um dos momentos mais tristes da minha vida como prefeito para dar um recado pra tal da Nação Rubro-Negra, né? Agora, eu sei diferenciar o que canta meu coração, que diz meu coração, que é cruzmaltino. Eu não tenho coração, tem uma cruz de malta aqui, mas sei o que é de interesse da nossa cidade. Então, estou aqui com o deputado federal Pedro Paulo, a gente vai estar publicando amanhã (segunda-feira, 23), no Leilão em Hasta Pública, depois vocês entendem o que que é, do novo estádio do Flamengo ali no terreno do Gasômetro. É o início de um projeto, o início de um sonho", disse o prefeito.
Paes ainda citou que a construção do estádio vai revitalizar a área, tendo atrações não restritas ao futebol.
Entenda o projeto
No sábado (9/3), o Flamengo apresentou oficialmente à Caixa o projeto para a construção do estádio no terreno do Gasômetro, no Rio de Janeiro. O banco público é dono do espaço pretendido pelo clube para construir a arena.
O local
A ideia da diretoria é construir a casa própria do Flamengo no terreno do antigo Gasômetro, localizado na Avenida São Cristóvão nº 1200, na Zona Portuária, próximo à Rodoviária Novo Rio e ao recém-inaugurado Terminal Intermodal Gentileza.
O terreno, de 86.592,30 m², pertence a um fundo imobiliário da Caixa Econômica Federal, o que pode dar dor de cabeça ao Flamengo. Por isso, o clube já se reuniu com o banco. O espaço foi avaliado em R$ 250 milhões.
A área pertence à Caixa desde o início do projeto de revitalização da Zona Portuária para a Olimpíada no Rio em 2016.
Setores
Caso o estádio saia do papel, o Flamengo planeja ter um setor popular na arquibancada com preços mais acessíveis aos torcedores de baixa renda. Vice-presidente de comunicação e marketing do clube, comentou o assunto ao canal "Máquina do Esporte".
“O Maracanã tem uma distribuição ruim de determinar áreas específicas de ingresso barato. A ligação à entrada, os banheiros... Você não consegue abrir espaços muito claros para fazer um custo muito diferente. Se a gente conseguir viabilizar, terá uma área mais efetivamente popular. Porque aí você consegue construir um estádio com esse objetivo”, afirmou.
Gramado
No fim de 2023, o presidente do Flamengo, Rodolfo Landim, afirmou que a intenção do clube é utilizar uma grama natural para o campo. O gramado sintético não será necessário, na visão do dirigente.
“Será um estádio somente para futebol, com gramado natural. Se quiserem fazer shows, façam no Maracanã depois que acabar a temporada”, afirmou o dirigente.
Ainda sem detalhes
Com o projeto ainda apenas na mente da diretoria do Flamengo, o clube não tem muitos detalhes sobre como deve ser o novo estádio. A capacidade total do estádio, por exemplo, também é uma discussão.
O Maracanã, estádio que recebe atualmente os jogos do clube rubro-negro, tem a capacidade máxima de 70 mil lugares. O Flamengo não deve construir uma arena com menos espaço, diante do tamanho da torcida que tem.