O empate em 1 a 1 com o Vasco, pela 17ª rodada do Campeonato Brasileiro, trouxe uma situação conhecida do Internacional de volta. Das 36 partidas que disputou este ano, em 17 o Colorado saiu atrás no placar. Como o próprio técnico Roger Machado comentou na coletiva após seu time ter buscado outra vez o resultado, tomar o gol e ter que empatar ou virar provoca um desgaste muito grande na equipe, que acaba se acumulando jogos seguintes.

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Dos 17 confrontos que começou perdendo, o Alvirrubro virou apenas três – contra Caxias, Juventude e Bahia. Outros oito terminaram empatados. E os seis restantes, perdeu. Tomou 29 gols e fez 21.

O que aconteceu contra o Vasco

Contra o Gigante da Colina, o Inter não viu a bola nos primeiros 30 minutos de jogo. O meio-campo colorado foi envolvido pelos cruzmaltinos. Além da marcação sobre pressão do time de Fernando Diniz, a equipe colorada parecia desatenta. Às vezes, sem força. Alan Patrick, por exemplo, errou passes e dribles que não costuma errar.

– Esses 30 minutos iniciais talvez tenham sido os piores neste ano. E uniu a atuação do Vasco, que poderia ter determinado o placar nesse tempo – comentou o comandante alvirrubro.

A partir dos 30, o Inter parece ter ligado um botão. Avançou a marcação, e os passes começaram a entrar. Em um minuto, entre os 36 e 37 da etapa inicial, perdeu três oportunidades. A trave e o travessão viram a bola de perto três vezes. O goleiro Léo Jardim fez quatro defesas essenciais. A busca pelo empate foi constante no segundo tempo.

– Isso pode fazer com que a gente leve esse desgaste para o jogo seguinte [partida de ida das oitavas de final da Copa do Brasil, contra o Fluminense, na quarta (30)]. Porque a gente fez muita força.

O que aconteceu nos outros jogos

O cenário visto neste domingo (27) – a desatenção e os erros incomuns – se repetiu em outras partidas do ano, como as derrotas ante Corinthians (4 a 2), Botafogo (4 a 0), Fluminense (2 a 0) e Atlético-MG (2 a 0) e os empates contra Mirassol e Sport (ambos 1 a 1), pelo Brasileirão, e o 3 a 1 para o Atlético Nacional-COL e o 3 a 3 com o Nacional-URU, pela Libertadores.

Com exceção da goleada para o Fogão, na qual jogou com time praticamente reserva, nos outros 16 jogos, a equipe de Roger Machado fez muita força para buscar o resultado, o que levou a duas sequências de repetições do mesmo quadro (quatro partidas em abril e três em maio): time toma gol, corre atrás, se cansa, vai para outro jogo, toma gol antes...

A lista de jogos

Ricardo Mathias comemora gol de empate contra o Mirassol (Foto: Ricardo Duarte/SC Internacional)