Existe um ditado no futebol sul-americano que diz “la copa se mira y no se toca". A máxima significa que a taça de uma competição importante só deve ser tocada se conquistada. E há exatos 15 anos, em um 18 de agosto como esta segunda-feira, o Internacional ganhava o direito de tocar a Copa Libertadores da América pela segunda vez, pintando continente de vermelho. O Lance! lembra o feito para torcedores colorados.

➡️Tudo sobre o Colorado agora no WhatsApp. Siga o nosso novo canal Lance! Internacional

Na campanha de 2010, o Alvirrubro teve dois técnicos – o uruguaio Jorge Fossati, demitido após as oitavas de final, e Celso Roth, que levou o time na reta final – e somou oito vitórias, três empates e três derrotas, com 20 gols a favor e 12 contra.

Como foi a final

O Beira-Rio fervia na noite daquele 18 de agosto. O Inter vinha de uma vitória por 2 a 1 sobre o Chivas no jogo de ida no México. O time brasileiro saiu perdendo, com um gol ainda no primeiro tempo, mas virou para 3 a 2, gols do homem Libertadores colorado Rafael Sobis, Leandro Damião e Giuliano, o artilheiro do torneio.

Confira como foi a campanha jogo a jogo

Fase de grupos

23/2 – Inter 2 x 1 Emelec

A vitória contra o Emelec, na primeira rodada do Grupo 5, foi a primeira em estreias na Libertadores. A vitória foi de virada, com gols de Nei e Alecsandro, este no final da partida.

Escalação: Abbondanzieri; Bolívar, Sorondo e Danilo Silva; Nei (Taison), Sandro, Guiñazu, Giuliano (Andrezinho) e Kléber; Edu (Walter) e Alecsandro. Técnico: Jorge Fossati.

11/3 – Deportivo Quito 1 x 1 Inter

O gol de Giuliano salvou o Inter da derrota. O goleiro Abbondanzieri surpreendeu ao conseguir com que o árbitro José Buitrago revertesse a marcar de um pênalti.

Escalação: Abbondanzieri; Índio, Sorondo e Juan Jesus; Bruno Silva, Sandro, Guiñazu, Giuliano (Wilson Matias) e Kléber; Edu (D'Alessandro) e Alecsandro (Taison). Técnico: Jorge Fossati.

18/3 – Cerro 0 x 0 Inter

D'Alessandro no estádio Atílio Paiva, em Rivera (Foto: Divulgação/SC Internacional)

O empate sem gols contra o pequeno time uruguaio preocupou. O grande destaque da partida foi a mobilização da torcida que assistiu ao jogo em Rivera, na fronteira com Santana do Livramento.

Escalação: Abbondanzieri; Bruno Silva (Nei), Índio, Sorondo e Kléber; Sandro Ranieri, Guiñazu, Giuliano (Taison) e D’Alessandro (Andrezinho); Edu e Alecsandro. Técnico: Jorge Fossati.

31/3 – Inter 2 x 0 Cerro

No returno, o Colorado teve novas dificuldades diante do Cerro. Os gols vieram no segundo tempo, com Ibáñez contra, e do centroavante Alecsandro.

Escalação: Abbondanzieri; Nei, Bolívar, Índio e Kléber; Sandro Ranieri, Guiñazu, Giuliano (Wilson Matias) e D’Alessandro (Andrezinho); Walter (Taison) e Alecsandro. Técnico: Jorge Fossati.

14/4 – Emelec 0 x 0 Inter

Novo empate fora de casa, o Inter jogou o suficiente para levar um pontinho para casa, mas precisava da vitória no último jogo para se classificar.

Escalação: Abbondanzieri; Nei, Sorondo, Bolívar, Kléber; Sandro, Guiñazu, Giuliano (Andrezinho), D'Alessandro (Edu); Walter (Taison) e Alecsandro. Técnico: Jorge Fossati.

22/4 - Inter 3 x 0 Deportivo Quito

A melhor atuação na fase de grupos. Com a goleada, o Inter se garantiu em primeiro do grupo.  Andrezinho abriu o placar aos três minutos. Bolívar fez o segundo e Giuliano, já no final, fechou o placar.

Escalação: Abbondanzieri; Nei, Bolívar, Sorondo e Kléber (Fabiano Eller); Sandro, Andrezinho (Giuliano), Guiñazu e D’Alessandro; Walter (Edu) e Alecsandro. Técnico: Jorge Fossati.

28/4 – Oitavas de final ida – Banfield 3 x 1 Inter

O time sofreu sua pior derrota na competição. O adversário tinha o jovem James Rodríguez, então com 18 anos, como destaque. O resultado negativo em meio à final do Gauchão de 2010 gerou desconfiança sobre a continuidade do clube na torneio continental.

Escalação: Abbondanzieri; Bolívar, Sorondo e Fabiano Eller; Nei, Sandro, Guiñazu, D’Alessandro (Éverton Costa) e Andrezinho (Taison) e Kléber; Alecsandro (Walter). Técnico: Jorge Fossati.

6/5 – Oitavas de final volta – Inter 2 x 0 Banfield

O Inter precisava vencer por dois gols de diferença para reverter o resultado da Argentina. Alecsandro fez o primeiro no final da etapa inicial. No segundo tempo, o gol de Walter fez o Beira-Rio explodir com a classificação que parecia distante.

Escalação: Abbondanzieri; Nei, Bolívar, Sorondo e Fabiano Eller; Sandro Ranieri, Guiñazu, Andrezinho (Giuliano) e D'Alessandro (Glaydson); Walter (Éverton Costa) e Alecsandro. Técnico: Jorge Fossati.

Alecsandro e Walter comemoram gol no Beira-Rio (Foto: Divulgação/SC Internacional)

13/5 – Quartas de final ida – Inter 1 x 0 Estudiantes

O adversário era o atual campeão da Libertadores e tinha Veron como principal estrela. O gol da vitória veio nos minutos finais com o zagueiro Sorondo de cabeça.

Escalação: Abbondanzieri; Nei (Glaydson), Bolívar, Sorondo e Kléber; Sandro Ranieri, Andrezinho, Guiñazu e D’Alessandro (Giuliano); Walter (Taison) e Alecsandro. Técnico: Jorge Fossati.

Sorondo celebra seu gol com Bolívar (Foto: Divulgação/SC Internacional)

20/5 – Quartas de final volta – Estudiantes 2 x 1 Inter

Após levar dois gols na etapa inicial, o Colorado foi buscar a classificação com Giuliano já no final. O meia recebeu um passe perfeito de Andrezinho e deslocou do goleiro Orión, que estava com a visão prejudicada por causa da fumaça vinda dos sinalizadores da torcida.

Escalação: Abbondanzieri; Nei (Glaydson), Bolívar, Sorondo e Kléber; Sandro Ranieri, Andrezinho, Guiñazu e D’Alessandro (Giuliano); Walter (Taison) e Alecsandro. Técnico: Jorge Fossati.

28/7 – Semifinal ida – Inter 1 x 0 São Paulo

Passada a Copa do Mundo da África do Sul, de técnico novo, o Colorado encarou um velho conhecido em Libertadores, o São Paulo. E o ídolo Fernandão estava com a camisa tricolor. A merecida vitória alvirrubra, com gol de Giuliano, até poderia ter sido mais elástica.

Escalação: Renan; Nei, Bolívar, Índio e Kléber; Sandro Ranieri, Guiñazu, Andrezinho (Giuliano), D'Alessandro e Taison (Rafael Sobis); Alecsandro. Técnico: Celso Roth.

Giuliano marca contra o São Paulo na semifinal (Foto: Divulgação/SC Internacional)

5/8 – Semifinal volta – São Paulo 2 x 1 Inter

Em um jogo tenso e com todas as características de um mata-mata de Libertadores, o Inter sofreu até o final. Depois de sair perdendo, empatou com Alecsandro. Ricardo Oliveira logo em seguida colocou o São Paulo na frente, mas o Inter guerreou muito pela vaga.

Escalação: Renan; Nei, Bolívar, Índio e Kléber; Sandro Ranieri, Guiñazu, Tinga, D’Alessandro (Giuliano) e Taison (Wilson Matias); Alecsandro. Técnico: Celso Roth.

11/8 – Final ida – Chivas 1 x 2 Inter

O Alvirrubro deu passo importante para o título ao vencer fora. Embora atrás do placar com gol no final do primeiro tempo, a equipe não se desesperou e buscou o empate, com gols do talismã Giuliano e do capitão Bolívar foram anotados em um intervalo de quatro minutos.

Escalação: Renan; Nei, Bolívar, Índio e Kléber; Sandro Ranieri, Guiñazu, Giuliano, D’Alessandro e Taison (Wilson Matias); Alecsandro (Éverton Costa) (Rafael Sobis). Técnico: Celso Roth.

18/8 – Final volta – Inter 3 x 2 Chivas

Mais de 53 mil pessoas estiveram no Beira-Rio. Mais uma vez, o Colorado saiu perdendo com gol no primeiro tempo. Só que Rafael Sobis mostrou sua estrela ao empatar na etapa final. Damião fez uma estreia de luxo com o gol da virada e Giuliano deixou sua marca.

Escalação: Renan; Nei, Bolívar, Índio e Kléber; Sandro Ranieri, Guiñazu, Tinga (Wilson Matias), D'Alessandro e Taison (Giuliano); Rafael Sobis (Leandro Damião). Técnico: Celso Roth.

Leandro Damião marca um dos gols da final (Foto: Divulgação/SC Internacional)