No próximo ano, o São Paulo viverá um novo desafio: a disputa presidencial. Em 2026, Julio Casares encerrará seu ciclo à frente do clube, após dois mandatos. Reeleito em 2023, o dirigente não pode concorrer novamente, já que o estatuto permite apenas duas reeleições. A pouco mais de um ano do lançamento oficial das chapas, os bastidores políticos do Tricolor começam a registrar movimentações e divergências entre os grupos.

Nesse cenário, dois nomes ganham destaque: o próprio Casares, atual presidente, e Carlos Belmonte, diretor de futebol. Apesar da parceria no dia a dia e na condução de decisões, ambos caminham em direções diferentes quando o assunto são alianças políticas.

As divergências internas tendem a refletir no processo eleitoral de 2026. Havia expectativa de que Belmonte pudesse surgir como sucessor natural de Casares, mas esse não deve ser o caminho.

Embora ainda não tenha declarado apoio a nenhum nome, o Lance! apurou que uma das possibilidades mais fortes é a do CEO Marcio Carlomagno, visto por parte dos grupos como um candidato viável, apesar de resistências internas. Outros nomes de influência também começam a ganhar espaço nos bastidores.

Julio Casares, presidente do São Paulo, termina em 2026 (Foto: Divulgação/SPFC)

Casares fala sobre "racha" político

Recentemente, em entrevista ao canal "Arquibancada Tricolor", Julio Casares falou sobre o racha político no clube. De acordo com ele, o calendário político deve seguir de acordo com os desejos dos candidatos, sem cravar nomes.

- Eu tenho quase 30 anos de atuação no clube, dentro da militância política. Este é o meu segundo mandato, que já passou um pouco da metade, mas ainda tem bastante tempo pela frente. Vejo com naturalidade o fato de algumas pessoas demonstrarem pretensão de disputar o cargo, isso é legítimo. O que sempre repito, e reforço aqui, é que possíveis candidatos ou pré-candidatos têm todo o direito de se colocar, mas dentro do calendário adequado - disse.

➡️São Paulo toma decisão sobre o futuro de Henrique Carmo, promessa de Cotia

- Quando essa movimentação acontece antes da hora, quem sai prejudicado, em primeiro lugar, é o próprio candidato. Em segundo, é a gestão, porque o foco se perde. O torcedor, na verdade, quer ver mais futebol e menos política. E haverá um momento em que técnica e política irão se encontrar, mas é preciso respeitar o tempo certo. Não há racha, mas movimentações - completou o dirigente.

Quando serão as eleições do São Paulo?

Ainda não existem candidatos lançados. Como o presidente explicou, o caminho deve seguir a janela eleitoral em 2026. As eleições devem acontecer no final de 2026, quando acaba o mandato de Julio Casares.