O atacante do Cruzeiro Hernán Barcos revelou em entrevista que não queria deixar o Palmeiras no começo do ano de 2013, ano em que o clube disputou e conquistou o Campeonato Brasileiro da Série B.

Ao ex-jogador Petkovic, comentarista do canal SporTV, o argentino revelou que a iniciativa de negociá-lo com o Grêmio foi de Paulo Nobre, presidente do clube paulista na época.

"Jogamos numa quarta-feira, primeiro ou segundo jogo do Paulistão; depois do jogo, me disseram que teriam que falar na quinta com o Rui Costa (então executivo de futebol do Grêmio). Eu não queria sair, estava bem com o Palmeiras", contou.

"Depois, me disseram que eles tinham aceitado a proposta, que vinham atletas do Grêmio. Falaram que era para falar que era comum acordo, bom para mim".

Mas, de acordo com o argentino, não foi isso que aconteceu. "No meio da semana, o presidente falou que eu quis sair. Eu fiquei bravo", revelou.

Segundo ele, a justificativa dada pelo Palmeiras para vendê-lo foi o alto salário. "O presidente foi sincero, disse que não podia pagar meu salário. No Grêmio, no Palmeiras e aqui (Cruzeiro), nunca tive problema. Ele disse que não podia pagar. Entendi a situação", explicou.

Barcos contou que gostou de ter jogado pelo Grêmio, mas que é criticado até hoje pela sua saída do clube paulista. "Foi bom ter ido ao Grêmio, mas fiquei ruim pela saída do Palmeiras. O combinado é uma coisa e se fala outra coisa. Normalmente é o atleta que se complica nessa hora. Eu, na hora, não quis falar, fiquei quieto por respeito ao Palmeiras - não ao presidente, mas ao Palmeiras, sim. Me xingam até hoje, continuam me xingando", acrescentou.