O técnico Luiz Felipe Scolari montou, para a Copa de 2002, a chamada "Família Scolari", com 23 atletas que se uniram em prol da conquista do título na Ásia. Relembre o que cada um deles fez depois do título no Japão.

Goleiros:

Marcos (Palmeiras) - Seguiu no Palmeiras até o final de sua carreira, em 2011. Perdeu espaço na seleção brasileira, que defendeu até 2005, tendo feito poucas partidas depois da conquista da Copa do Mundo. No mesmo ano de 2002, foi rebaixado com o Palmeiras para a Série B do Brasileiro. Disputou a segundona em 2003 e foi campeão. Depois do penta, venceu a Série B (2003) e o Campeonato Paulista (2008) pelo Palmeiras e, como reserva, a Copa das Confederações com a seleção em 2005. Depois, virou empresário, abriu um centro de fisioterapia, lançou uma marca de cerveja e foi nomeado embaixador do Palmeiras.

Dida (Corinthians) - Emprestado ao Corinthians, voltou ao Milan logo após a Copa e, na mesma temporada, iniciou uma trajetória de sucesso. Venceu a Champions League em 2003 e em 2007, além de um Campeonato Italiano e o Mundial de Clubes da Fifa, entre outras taças. Depois de um espaço de dois anos, retomou a carreira em 2012, defendendo, pela ordem, Portuguesa, Grêmio e Internacional. Foi titular na Copa de 2006. Virou treinador de goleiros do Milan.

Rogério Ceni (São Paulo) - Seguiu sua carreira no São Paulo até se aposentar, em 2015. No período, levantou a Libertadores de 2005 e três Brasileirões (2006, 2007 e 2008), além da Sul-Americana em 2012. É, até hoje, o goleiro com o maior número de gols na história do futebol, com 131. Iniciou uma carreira de técnico, com passagens por São Paulo, Fortaleza, Cruzeiro e Flamengo. Venceu o Brasileiro de 2020, a Supercopa do Brasil de 2021, além da Série B de 2018, entre outras conquistas.

Laterais:

Cafu (Roma) -  Recordista de jogos pela seleção brasileira, com 149, foi capitão e titular em 2006. Depois da Roma, defendeu o Milan, onde venceu uma Champions League (2007) e um Campeonato Italiano (2004). Encerrou a carreira no próprio Milan, em 2008. Cafu se transformou em um dos embaixadores da Copa do Mundo do Catar. 

Belletti (São Paulo) - Depois da Copa, foi defender o Villarreal, da Espanha, e continuou no país, a serviço do Barcelona, com quem venceu a Champions League, em 2006. Ainda defendeu o Chelsea antes de voltar ao Brasil, onde encerrou a carreira no Fluminense, em 2011. Depois de encerrar a carreira, entre outros trabalhos, foi diretor de negócios internacionais do Cruzeiro, comentarista de TV, diretor institucional do Coritiba e fundou o FC Cascavel, em sua cidade natal, no Paraná.

Roberto Carlos (Real Madrid) - Seguiu no Real Madrid até 2007, de onde partiu para defender o Fenerbahçe. Voltou ao Brasil em 2010 para atuar no Corinthians (2010/11). Retornou para a Europa, quando foi jogar no novo rico Anzhi, da Rússia. Depois de encerrar a carreira em 2012, jogou uma temporada na Índia, no Delhi Dynamos, exercendo também o cargo de treinador. Como técnico, dirigiu Sivasspor e Belediyespor, da Turquia. É embaixador do Real Madrid.

Júnior (Parma) - Ficou mais uma temporada na Itália, emprestado ao Siena, antes de voltar ao Brasil e conquistar vários títulos pelo São Paulo, entre 2004 e 2008, incluindo Mundial, Libertadores e três Brasileirões. Defendeu o Atlético entre 2009 e 2010 antes de encerrar carreira no Goiás no final de 2010.

Zagueiros:

Lúcio (Bayer Leverkusen) - Continuou escrevendo uma história vitoriosa no futebol alemão e colecionou títulos pelo Bayern de Munique, para onde se transferiu em 2004. Depois, defendeu outro gigante europeu, a Internazionale, e foi campeão da Champions League, em 2010. Depois de uma breve passagem pela Juventus, voltou ao Brasil e teve passagens sem muito brilho por São Paulo e Palmeiras. Finalizou a carreira com passagens pelo Goa, da Índia, e por Brasiliense e Gama, encerrando a carreira em 2020. Na seleção brasileira, assumiu o posto de capitão depois da saída de Cafu, foi titular nas Copas de 2006 e 2010 e se despediu da amarelinha em 2011 depois de levantar a Copa América de 2007 e a Copa das Confederações de 2009.

Roque Júnior (Milan) - Seguiu no Milan, onde conquistou a Champions League em 2003. Na Europa, teve passagens discretas pelo Siena (Itália) e Leeds (Inglaterra) antes de defender o Bayer Leverkusen, da Alemanha. Passou ainda pelo Duisburg, também da Alemanha, e pelo Al Rayyan, do Catar, antes de voltar ao Brasil para mais uma vez jogar pelo Palmeiras. Teve uma passagem curta pelo Ituano no fim da carreira. Foi treinador do time de Itu e do XV de Piracicaba. Foi comentarista do Grupo Globo até o início deste ano. Defendeu a seleção brasileira até 2005.

Anderson Polga (Grêmio) - Ficou mais uma temporada no Sul do Brasil antes de fazer uma grande carreira no Sporting, de Portugal, onde ficou de 2003 a 2012. Voltou ao país para defender o Corinthians, mas fez poucos jogos pelo clube paulista e encerrou a carreira aos 33 anos.

Edmílson (Lyon) - Permaneceu no Lyon até 2004, quando trocou o futebol francês pelo Barcelona, onde foi campeão da Champions League em 2006. Ainda defendeu a seleção brasileira até 2007, antes de se transferir para o Villarreal, onde ficou pouco tempo. Depois de uma passagem discreta pelo Palmeiras, voltou à Espanha, desta vez pelo Zaragoza, e encerrou a carreira no Ceará, em 2011. Já aposentado, foi dirigente do Grêmio Barueri, comentarista e um dos embaixadores do Barcelona.

Volantes:

Gilberto Silva (Atlético) - Trocou o Atlético pelo Arsenal, da Inglaterra, e fez parte de um dos maiores times da história do clube de Londres, campeão invicto da Premier League em 2004. Foi titular da seleção nas Copas de 2006 e 2010, nesta quando já defendia o Panathinaikos, da Grécia. De volta ao Brasil, defendeu o Grêmio entre 2011 e 2012 antes de voltar ao Galo em 2013, ano em que levantou a Copa Libertadores. Chegou a ser diretor de futebol do Panathinaikos quando encerrou a carreira.

Kléberson (Athletico-PR)  - Trocou o Furacão pelo Manchester United em 2003, quando foi apresentado no estádio Old Trafford como principal contratação ao lado do figurante Cristiano Ronaldo. Sem sucesso na Inglaterra, seguiu para a Turquia, onde defendeu o Besiktas. Na volta ao Brasil, foi campeão brasileiro pelo Flamengo, em 2009, e jogou também por Athletico-PR e Bahia. Encerrou a carreira jogando em três clubes dos Estados Unidos: Philadelphia Union, Indy Eleven e Fort Lauderdale. Disputou ainda a Copa de 2010. Nos EUA, começou a carreira de técnico, dirigindo clubes das categorias de base do Philadelphia Union.

Vampeta (Corinthians) - Viveu seu auge na época da Copa do Mundo e não manteve o mesmo nível nos demais clubes pelos quais passou depois do Mundial. Passou por Vitória, Brasiliense, Goiás, Juventus e Grêmio Osasco, além de um retorno ao próprio Corinthians. Fora do Brasil, jogou no Kuwait SC. Já aposentado, treinou o Nacional, de São Paulo, e o Grêmio Osasco, onde também foi dirigente. Além disso, foi comentarista esportivo.

Meias:

Ronaldinho Gaúcho (PSG) - Se transferiu em 2003 para o Barcelona, onde chegou ao auge, sendo eleito duas vezes o melhor jogador do mundo, em 2004 e em 2005, e vencendo a Champions League, em 2006. Depois de uma passagem pelo Milan, voltou ao Brasil para defender o Flamengo. Em 2012, chegou ao Atlético e se tornou um dos poucos jogadores a vencer tanto a Champions League quanto a Libertadores, feito obtido em 2013. Deixou o Galo em 2014 e teve passagens discretas por Fluminense e Querétaro, do México. Disputou a Copa de 2006 e as Olimpíadas de 2008.

Juninho Paulista (Flamengo) - Ainda em 2002 retornou para o Middlesbrough, onde é ídolo e conquistou o maior título da história do clube, a Copa da Liga Inglesa de 2004. Jogou ainda no Celtic, da Escócia, e no Sydney, da Austrália. Teve passagens também por Palmeiras, Flamengo e Ituano, onde encerrou a carreira. Assumiu a direção do próprio Ituano antes de se transformar em coordenador técnico da CBF, cargo que exerce atualmente.

Kaká (São Paulo) - Trocou o São Paulo pelo Milan em 2003 e virou ídolo do clube italiano, onde teve uma passagem vitoriosa que terminou em 2009, com direito a uma conquista da Champions League, em 2007, mesmo ano no qual foi eleito o melhor jogador do mundo. Vestiu a camisa do Real Madrid, entre 2009 e 2013, sem o mesmo brilho dos tempos da Itália, para onde voltou para uma segunda passagem no Milan. Retornou também ao São Paulo, em 2014, e encerrou a carreira no Orlando City, nos Estados Unidos, clube que defendeu entre 2014 e 2017. Defendeu a seleção brasileira nas Copas de 2006 e 2010 e ainda disputou partidas com a camisa amarela até 2016. Em 2022, Kaká concluiu o curso de treinadores da CBF.

Ricardinho (Corinthians) - Logo após a Copa protagonizou a maior transferência do futebol brasileiro até então, quando foi contratado pelo São Paulo, onde não conseguiu repetir as boas atuações pelo Timão. Foi para a Inglaterra, onde defendeu o Middlesbrough por um breve tempo. No retorno, foi campeão brasileiro pelo Santos e voltou a defender o Corinthians. Saiu do país para jogar no Besiktas, da Turquia, e o Al-Rayyan, do Catar. De volta ao Brasil, passou pelo Atlético e encerrou a carreira depois de defender o Bahia. Ricardinho disputou ainda a Copa de 2006 e, depois de encerrar a carreira, virou treinador e passou por Paraná, Ceará, Avaí, Santa Cruz, Portuguesa, Tupi e Londrina. É também comentarista esportivo.

Atacantes:

Ronaldo (Internazionale) - Logo após a Copa, trocou a Inter pelo Real Madrid e foi mais um dos galáticos do clube merengue. No mesmo ano, venceu o Mundial de Clubes pelo Real, onde ficou até 2007. Seguiu na seleção brasileira e jogou a Copa do Mundo de 2006, quando bateu o recorde de gols em Mundiais até então. Depois de uma passagem de uma temporada pelo Milan, voltou ao Brasil e foi campeão da Copa do Brasil em 2009. Encerrou a carreira no Timão em 2011. Após encerrar a carreira, fundou a 9ine, que gerenciou a carreira de vários jogadores. Foi membro do comitê organizador da Copa de 2014 e assumiu a gestão do Valladolid, da Espanha, e desde o início deste ano, do Cruzeiro.

Rivaldo (Barcelona) - foi liberado pelo Barcelona antes do fim do contrato, logo após a Copa, e se transferiu para o Milan, mas nunca conseguiu ocupar seu espaço, apesar de ter títulos como o da Champions League de 2003 no currículo. Voltou ao Brasil em 2004, mas fez apenas 11 jogos pelo Cruzeiro antes de ir para o futebol grego, onde defendeu com sucesso Olympiacos e AEK. Teve uma passagem pelo Uzbequistão, onde jogou pelo Bunyodkor. Após uma temporada no São Paulo, jogou na Angola, no Kabuscorp. Nos últimos três anos de carreira, entre 2013 e 2015, jogou no São Caetano e no Mogi Mirim. Vestiu a camisa da seleção brasileira até 2004. Após encerrar a carreira, voltou a vestir a camisa do Barcelona, mas atuou pelo time de lendas do clube.

Edílson (Cruzeiro) - Depois de apenas 20 jogos pelo Cruzeiro, partiu para o futebol japonês, onde defendeu o Kashiwa Reysol até 2003. Na volta ao Brasil, rodou por Vitória, Flamengo, São Caetano, Vasco e Bahia. Teve uma passagem curta pelo Al Ain, dos Emirados Árabes Unidos. Não voltou a defender a seleção e, já aposentado, virou empresário de uma banda e dono de um estúdio. Também foi mais um jogador que se transformou em comentarista esportivo.

Luizão (Grêmio) - Logo depois da Copa, foi defender o Hertha Berlim, da Alemanha. Outro jogador que não voltou à seleção, rodou por vários clubes do Brasil, como Botafogo, São Paulo, Santos, Flamengo, Guaratinguetá e Rio Branco-SP, com destaque para as conquistas da Libertadores, com o São Paulo, em 2005, e da Copa do Brasil com o Flamengo, em 2006. Depois de encerrar a carreira, virou empresário de jogadores.

Denílson (Betis) - Continuou no futebol espanhol, no Betis, até 2005, ano em que conquistou a Copa del Rey. No exterior, defendeu o Bordeaux, da França, o Al-Nassr, da Arábia Saudita, e o Dallas, dos EUA, antes de voltar ao Brasil para jogar pelo Palmeiras. Teve passagens meteóricas pelo Hai Phong, do Vietnã, e pelo Kavala, da Grécia, antes de encerrar a carreira. Virou comentarista de TV e fez muito sucesso na Band. Além disso, tem um canal no YouTube.