Após a polêmica expulsão de Dedé na derrota do Cruzeiro para o Boca Juniors, na quarta-feira, alguns dirigentes manifestaram apoio as reinvidicaçãos do clube celeste, que pede a anulação do cartão vermelho ao zagueiro celeste. O presidente do Palmeiras, Maurício Galiotte, afirmou que os clubes brasileiros costumam ser prejudicados contra equipes da Argentina e pediu união.
"Na minha avaliação, foi um erro, e usando a tecnologia. Talvez, a gente tenha uma situação aí que não envolva só o Cruzeiro, algum tempo atrás envolveu Santos, Palmeiras, Flamengo, Corinthians. É uma situação do futebol brasileiro, os clubes têm de se unir, têm de estar mais próximos, debater os assuntos com o representante do Brasil na Conmebol", destacou o dirigente em entrevista ao site Globoesporte.com. Ele está no Chile, onde o Palmeiras enfrenta o Colo Colo, nesta noite, pela Libertadores.
Já o advogado do Santos, Mario Bittencourt, que defendeu o clube no caso da escalação irregular de Carlos Sánchez, também pela Libertadores, lembrou que a Conmebol usa de "dois pesos e duas medidas" para julgar times brasileiros e argentinos.
"Este ano, o favorecimento aos clubes argentinos fica claro, posto que quatro deles foram beneficiados, enquanto o Santos foi detonado em caso idêntico. River, San Lorenzo, Independiente e Boca Juniors foram agraciados dentro e fora de campo. Onde acho que está o problema? Na falta de representatividade do futebol brasileiro sim, mas muito mais na falta de união dos clubes que, ao invés de serem apenas adversários dentro do campo e parceiros fora dele, são inimigos", escreveu o advogado santista em seu Instagram.
O Cruzeiro entrou com pedido de anulação do cartão vermelho de Dedé para que o jogador possa entrar em campo no jogo de volta contra o Boca Juniors, pelas quartas de final da Libertadores, no próximo dia 4, no Mineirão.