Campeonato Mineiro

FMF quer VAR em todos os jogos do Estadual em 2023: 'Queremos melhorar'

Neste ano, árbitro de vídeo esteve presente apenas nas semifinais e estará na final

Por Gabriel Moraes
Publicado em 30 de março de 2022 | 16:01
 
 
 
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A cada ano que passa, a arbitragem continua sendo criticada, mesmo com a inclusão de mais tecnologia nos jogos de futebol. No Campeonato Mineiro de 2022, assunto foi um dos mais comentados por torcedores e comentaristas, ainda mais porque o VAR só entrou em ação na semifinal e estará presente na grande decisão. Para evitar erros, a intenção da Federação Mineira de Futebol (FMF) é ter árbitro de vídeo em todas as partidas da competição já a partir do ano que vem.

De acordo com o presidente da entidade, Adriano Aro, isso depende principalmente dos clubes. "Sabemos das críticas que ocorreram no campeonato, e a federação quer cada vez mais melhorar. Nosso objetivo é, de fato, ter VAR em todas as partidas em 2023. Mas isso depende da anuência dos clubes, pois ela é debatida", disse.

Ele adiantou que, após o clássico entre Atlético e Cruzeiro, no próximo sábado (2), a federação começará a verificar as condições dos estádios do interior do Estado de comportarem o árbitro de vídeo. Atualmente, é a FMF que banca o recurso, mas, conforme Aro, ela não tem condições de fazer o mesmo do início ao fim da competição.

"O que a FMF fará este ano, pensando em 2023, é começar, já na semana que vem, uma vistoria em todos os estádios e pedir aos clubes para fazerem as adaptações necessárias para a tecnologia do VAR. Este ano foi atípico, porque os clubes vinham de um cenário de pandemia, muito debilitados. Hoje é a federação quem paga o recurso do VAR na semifinal e final, mas não temos condições de bancar em toda a competição. Os clubes vão se conscientizar e deliberar pela aprovação do VAR", explicou.

"Queremos melhorar"

Segundo o presidente, a cada ano, a FMF encontra formas de melhorar a arbitragem e deixá-la menos propensa a erros. "Sabemos das críticas que ocorreram no campeonato, e a federação quer cada vez mais melhorar. Em cada jogo, há um observador da arbitragem, que é um ex-árbitro capacitado para analisar o desempenho dos profissionais, assinalando em tempo real os lances polêmicos", falou.

Ele também frisa sobre a relação da entidade com os próprios árbitros e os clubes. "Há uma reunião semanal, onde todos que atuaram, ou não, são convidados a reverem aqueles lances. Dali, pode-se decidir se é preciso fazer um curso, reciclagem, enfim. Também disponibilizamos para o clube uma ouvidoria onde ele pode dizer que se sentiu prejudicado ou pode tirar dúvidas de interpretação em eventuais lances. A Comissão de Arbitragem analisa aquilo e emite um parecer, concluindo pelo erro ou pelo acerto. Além disso, converso direto com os presidentes", completou.

O presidente também pediu bom senso por parte dos críticos. "Também é preciso reconhecer que a sensibilidade do torcedor se alterou nos últimos tempos, porque temos vários campeonatos; alguns têm VAR em toda competição, e outros é híbrido, como é o caso do Mineiro e da Libertadores. Quando não há VAR, ele está sujeito a erro numa escala um pouco maior", concluiu.

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