Visto os últimos clássicos entre Atlético e Cruzeiro, ficou evidente que o maior problema quanto à violência não está mais dentro dos estádios, e sim, fora deles – o último grande caso, por exemplo, aconteceu no bairro Boa Vista, em Belo Horizonte, a cerca de 13 quilômetros do Mineirão, quando uma pessoa morreu. Segundo a Polícia Militar, para a final do Campeonato Mineiro, no próximo sábado (2), a segurança vai ser focada também em pontos espalhados da cidade e região Metropolitana.

"Acreditamos em um clássico tranquilo. Nós temos um trabalho de inteligência muito bem definido para outras regiões. Há um planejamento muito grande, inclusive envolvendo outros órgãos. Temos o detalhamento de onde vem cada torcida organizada, por onde passa e onde terão as reuniões regionais dessas torcidas", disse o tenente-coronel Flávio Santiago, chefe de jornalismo do órgão, após reunião na Federação Mineira de Futebol (FMF).

Ele também relembrou a reunião com líderes de torcidas organizadas dos dos dois times nessa semana. Apesar de Galoucura e Máfia Azul estarem banidas dos estádios por um ano, ele explica que os torcedores podem comparecer, mas sem vestimentas e itens que as identifiquem.

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"Nós sabemos que quem está banido é a marca, e não o torcedor. Então, isso é uma antecipação de cenário feito pela Polícia Militar. Elas sabem do banimento, que prejudica a própria marca delas. Algumas arestas foram resolvidas. Independentemente do resultado do jogo, nós, como órgãos de segurança pública e empresas privadas, precisamos ganhar", falou o militar.

Por fim, ele afirma que a PM e demais instituições de segurança estão preparadas para o evento. "Nosso papel é coibir a violência para que as pessoas tenham plena diversão com muita segurança", concluiu. Na próxima sexta-feira (1), haverá uma coletiva de imprensa para detalhar como será feita a segurança para a decisão.