Poucos laterais-esquerdos marcaram época no futebol carioca dos anos 1990 como Lira. Revelado pelo Vasco e protagonista no Fluminense, ele também defendeu Flamengo, Grêmio, Goiás e outros clubes importantes do país. Dono de um estilo técnico, canhoto habilidoso e com boa presença ofensiva, Carlos Augusto José de Lira viveu momentos de destaque em clássicos e decisões estaduais. Saiba por onde anda Lira.
Do Vasco para o Flu
Natural de Brasília, o lateral surgiu no Vasco da Gama no mesmo grupo que revelou nomes como Romário e Mazinho. No clube cruzmaltino, foi bicampeão carioca em 1987 e 1988, antes de passar por Portuguesa e Goiás. Suas atuações consistentes lhe renderam convocações para a Seleção Brasileira entre 1990 e 1992, período em que disputou sete partidas com a camisa amarelinha.
No Fluminense, Lira viveu talvez o melhor momento da carreira. Foi titular na histórica conquista do Campeonato Carioca de 1995, quando o Tricolor venceu o Flamengo na final do “gol de barriga”. Após o título, foi contratado justamente pelo rival rubro-negro, mas não repetiu o mesmo desempenho. Acabou rodando por outros clubes e se aposentou em 2003 no futebol capixaba.
Após a aposentadoria, seguiu no futebol como treinador, com passagens por equipes do Rio de Janeiro. Seu último trabalho foi no modesto Barra da Tijuca, encerrado em 2019. Desde então, vive longe dos holofotes, com uma trajetória que reflete a clássica transição dos gramados para o anonimato.
Por onde anda Lira, ex-jogador do Fluminense?
Depois de pendurar as chuteiras em 2003, Lira iniciou sua carreira como treinador em 2009, no América-RJ. Logo de cara, conquistou o título da Segunda Divisão do Campeonato Carioca e levou o clube de volta à elite do estadual, chamando atenção pelo bom desempenho. Entre 2011 e 2013, comandou o Barra da Tijuca, clube de divisões inferiores do futebol carioca, voltando ao time ainda em 2018.
Desde sua última passagem como técnico do Barra da Tijuca, em 2019, Lira não assumiu mais equipes no futebol profissional. Não há registros públicos de que esteja envolvido atualmente com o esporte, seja como dirigente, comentarista ou empresário — o que reforça a ideia de que tenha optado por uma vida mais discreta.
Apesar da distância dos gramados, Lira é frequentemente lembrado por torcedores vascaínos, tricolores e rubro-negros, tendo conquistado títulos importantes por todos esses clubes. Seu nome ainda carrega o respeito de quem fez parte de uma das gerações mais competitivas do futebol do Rio de Janeiro.
Clubes em que Lira atuou
- Vasco da Gama (1985–1989)
- Portuguesa (1989–1990)
- Goiás (1990)
- Grêmio (1991–1992)
- Fluminense (1992–1995)
- Flamengo (1995–1996 e 1996–2001)
- Atlético Paranaense (1996, por empréstimo)
- Estrela do Norte (2001)
- Vilavelhense (2001–2002)
- Vitória-ES (2003)
Além de sua carreira de jogador, Lira também defendeu a Seleção Brasileira em sete oportunidades entre 1990 e 1992. Teve papel importante em times de destaque dos anos 80 e 90, sendo lembrado principalmente pelos torcedores cariocas.
Após deixar os gramados e encerrar sua experiência como treinador, Lira segue recluso da cena pública, mas com lugar garantido na memória afetiva dos fãs de futebol da velha guarda.