O Palmeiras foi superior ao Porto na estreia dos clubes no Mundial, mas o futebol nem sempre recompensa com a vitória quem domina a partida — algo ainda mais difícil de compreender para o público norte-americano, pouco familiarizado com a possibilidade do empate. O 0 a 0 no placar, apesar de o desempenho em campo ter mostrado o contrário, deixa as quatro equipes empatadas para as duas rodadas restantes.
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Com uma vitória, o Palmeiras largaria com três pontos e, consequentemente, deixaria zerado o único europeu do grupo, abrindo vantagem para os duelos contra Al Ahly e Inter Miami. No entanto, uma questão ficou evidente para quem acompanhou a partida no MetLife Stadium: a equipe comandada por Abel Ferreira tem condições de impor seu estilo neste Mundial.
— O sentimento é de orgulho. Eu não sei se vamos jogar contra equipes melhores ou piores que o Palmeiras, eu sei que nós temos uma forma de jogar e vamos jogar da forma que nós sabemos e que treinamos (...) Nós não somos excepcionais num ponto do jogo, mas somos equilibrados em todos, portanto, seja contra quem for, nós temos uma forma de jogar e vamos jogar da nossa maneira — explicou Abel Ferreira em entrevista coletiva.
Os números do confronto, por sua vez, ajudam a sustentar a percepção de quem acompanhou a partida. A equipe venceu a disputa pela posse de bola, finalizou mais (tanto ao gol quanto no alvo), trocou mais passes, mas também recebeu mais cartões amarelos, um fator que a deixou na terceira colocação do grupo pelos critérios de desempate.
— Não acredito que quando vai se preparar para um Mundial é em uma semana. Há todo um pré. Não estamos a preparar a competição há uma semana. Usamos Campeonao Paulista, Libertadores e Brasileirão. Temos um foco, um objetivo — ressaltou o português ao comentar a preparação a longo prazo do Palmeiras para o torneio.
Torcida do Palmeiras será fator de desequilíbrio no Mundial
Se em campo a preparação feita por Abel Ferreira desde o início da temporada surtiu efeito, fora dele o Palmeiras tem como grande aliado a sua torcida, algo que não pode ser treinado pela comissão técnica. Dos 46 mil torcedores presentes, a grande maioria vestia verde e branco, transformando Nova Jersey em uma extensão da rua Palestra Itália.

Em torneios de tiro curto, onde cada passo pesa, o domínio precisa virar destino — ou as surpresas, sorrateiras e imprevisíveis, podem mudar o rumo da tragetória ainda na fase de grupos.