No intervalo da estreia do Manchester City no Mundial de Clubes da Fifa 2025, contra o Wydad Casablanca, um momento curioso chamou a atenção no Lincoln Financial Field. Mesmo com a vitória parcial por 2 a 0, o técnico Pep Guardiola protagonizou uma cena pouco comum ao invadir o gramado para, com gestos e posicionamentos corporais, orientar seus jogadores sobre onde exatamente deveriam estar em campo.

Pep guardiola - Manchester City
Pep Guardiola mostra para jogadores do Manchester City o posicionamento ideal deles em campo (Foto: David Ramos/Getty Images via AFP)

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O gesto refletiu fielmente a filosofia do “jogo posicional”, estilo tático amplamente difundido por Guardiola ao longo de sua carreira. Nessa abordagem, o campo é dividido em zonas específicas — geralmente com quatro faixas horizontais e cinco verticais — e cada jogador tem uma função clara, contribuindo para a criação de espaços, linhas de passe e vantagem posicional. As movimentações são coreografadas com base em lógica espacial, onde triângulos constantes e trocas de posição são fundamentais para desmontar defesas adversárias.

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Ainda no intervalo, mesmo com o domínio no placar — gols de Phil Foden e Jérémy Doku definiram o 2 a 0 parcial —, Guardiola não se deu por satisfeito e promoveu três mudanças estratégicas. Retornando de lesão, o volante Rodri, atual vencedor da Bola de Ouro, substituiu Foden. Já o artilheiro Erling Haaland entrou no lugar do jovem estreante Ryan Cherki, enquanto Oscar Bobb assumiu a vaga de Doku, autor do segundo gol.

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As alterações mantiveram o alto nível de intensidade e controle posicional do City, que continuou administrando bem a vantagem no segundo tempo. Mais do que um simples ajuste tático, a cena de Guardiola explicando o jogo dentro do próprio campo ilustra o nível de detalhamento e obsessão por controle espacial que caracteriza sua forma de pensar o futebol.

Para muitos, um ato inusitado. Para Guardiola, apenas mais uma engrenagem de sua máquina de precisão.