No duelo entre os atuais campeões da Libertadores e da Champions League, nos Estados Unidos, pelo Mundial de Clubes, melhor para o Botafogo. O Alvinegro venceu o PSG pelo placar de 1 a 0, com gol de Igor Jesus, e assumiu a liderança do Grupo B. Após a partida, o técnico Renato Paiva celebrou a atuação de seus comandados e dedicou o resultado aos torcedores.

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- Para mim, enquanto treinador deste clube, cada vez que se ganha um jogo, eu sei que eles (torcedores) ficam felizes, as depois há jogos especiais, mesmo que não ganhemos mais do que três pontos e que nem sequer qualificados estamos. Temos que ter os pés bem na terra. Mas obviamente a nossa torcida hoje está muito orgulhosa. Isso para mim é histórico - iniciou Paiva.

Na coletiva pré-jogo, o treinador português do Botafogo falou sobre as chances de vitória e que "o cemitério do futebol está cheio de favoritos", frase que repercutiu. Ele voltou a utilizar a expressão para destacar o triunfo.

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- Claro que, no futebol, há sempre uma possibilidade de um jogo deste de ganhar. A história do futebol diz isso e eu disse antes que o cemitério do futebol está cheio de favoritos. Hoje voltou-se a provar. Uma das prioridades deste grupo e deste treinador é que se blinde ao exterior e que trabalhe em função das suas ideias, das suas filosofias, do conhecimento dos seus jogadores. Era uma questão de acreditar, sinceramente, e acreditar porque não é o exterior que nos define. Quem define este grupo é que não há nenhum jogador e o treinador que conheça melhor do que si mesmo. Nos fechamos ao exterior, porque depois daquele momento (estreia) era tudo negativo, era a teoria do caos.

Igor Jesus comemora seu gol no jogo do Botafogo contra o PSG (Foto: Stu Forster/AFP)

- Nós fizemos um jogo que, taticamente, fomos perfeitos. Irrepreensíveis. Paris Saint-Germain, não teve todas aquelas oportunidades flagrantes. Teve muito a bola, de fato teve, mas nós fomos muito solidários. Quando saí do campo, disse: fizemos o Paris Saint-Germain beber do seu próprio veneno.

Paiva explicou a expressão em que cita o rival francês. Para ele, o Botafogo replicou o padrão do PSG e conseguiu neutralizar os principais pontos.

- Nós hoje fomos aquilo que o PSG tem sido nos últimos tempos. Uma verdadeira equipe, não foi a primeira vez que somos. Atacamos todos, defendemos todos. Deslizamos todos para a direita, deslizamos todos para a esquerda. Fomos todos para a frente e fomos todos para trás. Era a única forma de nós nos equivalermos com eles. A partir daí, depois, também o talento dos nossos jogadores. Porque os nossos jogadores têm muita qualidade. Foi um jogo estratégico, sabíamos como ia ser.

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Postura após estreia

- Normalmente este grupo reage muito bem a momentos negativos. Quando acabamos o jogo com o Seattle, foi para nós um momento negativo. Mas entrei no vestiário e vi uma equipe que parecia que não perdia o jogo e eu disse: "fantástico, é um vestiário de campeões". Normalmente eles dão-me a resposta ou após uma derrota, ou após um mau momento, ou mesmo durante o jogo. Nós ganhamos de 2 a 1 e, mas parece que só foi negativa (a repercussão). E a partir disso, nós já não éramos favoritos e passamos a ser massacrados para toda a gente. No último jogo, não foi possível a exibição, foi só a vitória. Hoje foi a vitória da exibição e, portanto, os bastidores deixam-se sempre a esta lição para o exterior. Nós, somos nós. Somos nós que nos definimos, somos nós que nos conhecemos e não é o exterior.

Vitória dedicada ao futebol brasileiro

- É a qualidade dos jogadores brasileiros, do que as pessoas vêm fazendo no Brasil, especialmente os técnicos. Acho que essa é uma vitória dos técnicos que estão trabalhando no Brasil, os brasileiros e os estrangeiros.