Nem uma goleada por 6 a 0 foi suficiente para arrancar um sorriso completo de Pep Guardiola. O Manchester City dominou o Al-Ain no Mercedes-Benz Stadium, pelo Mundial de Clubes 2025, mas o técnico catalão saiu de campo com uma frustração: a liderança do grupo escapou por um gol.
— Empurramos e empurramos para marcar mais um e tentar terminar em primeiro, mas falhamos por um gol — lamentou Guardiola após a partida. — Sabemos o que temos que fazer contra o time italiano para terminar como número um.
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Já classificados, City e Juventus somam os mesmos pontos e saldo de gols, mas os italianos lideram o Grupo G por terem anotado nove gols, contra oito dos ingleses. Assim, apenas a vitória no confronto direto, na última rodada da fase de grupos, garante aos skyblues o primeiro lugar — e evita um possível confronto precoce com o Real Madrid, 15 vezes campeão europeu, nas oitavas de final.
Echeverri, o novo brilho celeste
Apesar da frustração com a classificação, Guardiola teve um motivo especial para sorrir: o talento emergente de Claudio Echeverri. O jovem argentino, de apenas 19 anos, brilhou intensamente durante os 45 minutos em que esteve em campo. Apelidado de “El Diablito”, o ex-River Plate encantou com sua visão de jogo, controle em espaços curtos e, principalmente, um golaço de falta.
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— Quero contar um segredo — revelou Guardiola. — Nas últimas semanas, depois de cada treino, Echeverri ficava ensaiando cobranças de falta. Ele tem muito talento, pode jogar por dentro, por fora… é muito inteligente.
Echeverri deixou o campo no intervalo com uma torção no tornozelo — está “um pouco dolorido”, segundo Pep —, mas seu impacto na vitória foi inegável. Com apenas três partidas pelos Citizens, o meia já desperta empolgação no torcedor e respeito entre os companheiros.
Mundial como um recomeço
Em meio a uma temporada turbulenta — sem títulos na Premier League, na FA Cup e fora da Champions —, o Mundial de Clubes surgiu como a última chance de redenção para o City. Guardiola, inclusive, reconheceu recentemente o momento difícil.
— Com o ano que tive, na Espanha já teriam me mandado embora — disse à DAZN, dias antes.
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Ainda assim, Guardiola parece encontrar combustível no desafio. A volta gradual de Rodri, a quem chama de “melhor jogador do mundo”, e o surgimento de promessas como Echeverri reacendem a esperança de terminar 2025 com dignidade — ou até algo mais.
Na quinta-feira (26), o Manchester City encara a Juventus em um duelo decisivo, às 16h (de Brasília) no Camping World Stadium, em Orlando. Para Guardiola, mais do que a vitória, será mais uma prova do caráter de um time que, mesmo ferido, insiste em se reconstruir.