*Matéria em atualização

Técnico do Flamengo, Filipe Luís não pretende abrir mão do estilo de jogo da equipe no duelo com o Bayern de Munique, pelas oitavas de final do Mundial de Clubes. Em entrevista coletiva neste sábado (28), véspera da partida, o treinador discordou em partes de fala de Bruno Henrique, que afirmara que atacar com velocidade seria ideal contra os alemães, e disse que ter a bola será fundamental para o Rubro-Negro.

— Entendo o que o Bruno falou (sobre a importância da velocidade), entendo a tua pergunta, mas a forma que a equipe vai jogar depende muito da forma que o adversário nos vai defender. O Bayern a gente já sabe muito da pressão esmagadora que eles tentam fazer no campo, uma pressão muitas das vezes até individualizada, perseguições no campo e um time muito bem organizado dentro dessa pressão homem a homem, na qual é difícil — analisou Filipe.

— Quando, muitas vezes, a gente vê um time marcando de uma maneira individual, a gente vê uma desorganização porque se perdem muito as posições, mas no caso do Bayern é um time extremamente organizado, com a pressão alta muito, muito claro os gatilhos que eles têm para pressionar. Então, eu acredito que sim, precisamos de velocidade, mas também precisamos ter a bola, então não podemos só achar que nós vamos jogar nas costas dos zagueiros e vamos ganhar na velocidade, porque não funciona assim. Os zagueiros do Bayern de Munique estão no Bayern de Munique porque sabem controlar a profundidade, sabem defender esse tipo de jogada. Por isso, eu falo que nós temos que ser o Flamengo. Às vezes a jogada vai pedir velocidade, outras não — completou.

Questionado como preparar o time para situações em que não consiga ter a bola, Filipe Luís destrinchou situações de pressão e afirmou repassar as análises aos jogadores.

— Eu sempre tento dar soluções para os jogadores em função de como o adversário pressiona a nossa equipe. Existem adversários que pressionam com um atacante, outros que pressionam com dois, outros que não pressionam. Então eu sempre tento criar essas soluções. O Bayern é uma das pressões mais agressivas, mais fortes individuais. Então nós vamos depender muito também da nossa qualidade individual dos jogadores, de tirar o adversário da frente por uma vantagem qualitativa que ele possa ter dentro do campo — explicou o técnico do Flamengo.

— Existem alguns recursos ou mecanismos para tentar sair dessa pressão, porque se realmente eles individualizarem como eles vêm fazendo durante a temporada, deixaram outro tipo de espaço para a gente poder atacar. Então basicamente eu tento indicar para os jogadores os espaços e soluções que eles podem ter e depois dentro do campo eles têm que tomar as decisões e identificar esses espaços que são deixados pelo adversário — completou.