A disputa entre River Plate e Boca Juniors, pela final da Copa Libertadores 2018, em Buenos Aires, tem sido marcada por reviravoltas.

O segundo jogo da decisão, que ocorreria na tarde desse sábado (24), no Monumental de Núñez, em Buenos Aires, foi adiado para às 18h deste domingo (25) após torcedores do River Plate atingirem com pedradas o ônibus em que estavam os jogadores do Boca Juniors.

Alguns atletas, como Pablo Pérez, ficaram feridos e foram atendidos fora do estádio. Carlos Tévez disse que os atletas não esperavam aquela reação.

Em seguida, houve uma reunião entre os dirigentes do River e Boca, em que decidiram que o jogo deveria ser adiado. Segundo eles, os atletas não queriam jogar.

Após o incidente, o estádio do River chegou a ser interditado, mas foi liberado novamente durante a madrugada deste domingo.

A imprensa argentina, liderada pelo Clarín e o La Nación, classificam o episódio como “papelão mundial” e “vergonha internacional”.

Para analistas, o caso põe a Confederação Sul-americana de Futebol (Conmebol), sob suspeitas, uma vez que há denúncias de corrupção em investigações.

A primeira partida da final aconteceu há duas semanas (11), no La Bombonera, e terminou empatada em 2x2. Na ocasião, o jogo também foi adiado, mas por causa de uma tempestade que inundou o estádio do Boca.

Cúpula G20

Inicialmente, uma das partidas da decisão seria disputada na próxima quarta-feira (28), mas o governo argentino pediu para que a data fosse alterada por motivos de segurança em função da cúpula do G20 que ocorrerá em Buenos Aires entre os dias 30 de novembro e 1º de dezembro.

Com a proximidade do evento, a final da Libertadores não poderia ser adiada para esta semana. Portanto, caso o jogo não aconteça neste domingo (25), a partida deverá ser adiada por mais oito dias, o que desagrada a Conmebol.

A expectativa da Argentina é receber 6 mil pessoas das 34 delegações de países participantes até o dia 1º.

A cúpula vai reunir os principais líderes políticos mundiais, como os presidentes Donald Trump (Estados Unidos), Vladimir Putin (Rússia), Xi Jinping (China), além de Michel Temer, que já confirmaram presença. O presidente eleito Jair Bolsonaro foi convidado, mas não indicou se irá.