A Seleção Brasileira Feminina de Futebol dá início à sua campanha nos Jogos Olímpicos de Paris 2024 nesta quinta-feira, 25 de julho. O time enfrentará a Nigéria no Stade de Bordeaux, às 14h (horário de Brasília), em sua estreia na competição. Este será o primeiro jogo do Brasil em um grupo que inclui também Espanha e Japão. A partida terá transmissão ao vivo do SportTV.
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O Brasil chega à estreia olímpica com um retrospecto recente de três vitórias e duas derrotas. Em contraste, a Nigéria tem uma vitória, dois empates e duas derrotas nos últimos cinco jogos.
Historicamente, Brasil e Nigéria só se enfrentaram em duas ocasiões. O primeiro confronto ocorreu na na Copa do Mundo de 1999, nos EUA. Na ocasião, as equipes empataram por 3 a 3 no tempo normal, com dois gols de Cidinha e um de Nenê. A partida valia vaga para a fase semifinal e o triunfo brasileiro veio na prorrogação, com um gol de falta anotado por Sissi.
O outro encontro ocorreu, nas Olimpíadas de 2008, na China, e o Brasil venceu por 3 a 1, com três gols de Cristiane, na partida que deu à equipe o primeiro lugar do Grupo F.
Arthur Elias, que comanda a seleção pela primeira vez em uma Olimpíada, convocou um elenco que mescla experiência e juventude. Entre as convocadas, destacam-se Marta, com 38 anos e prestes a disputar sua sexta Olimpíada, e Kerolin, do North Carolina Courage, que retornou após uma grave lesão ligamentar no joelho em 2023.
O grupo conta ainda com Adriana (Orlando Pride), Gabi Portilho (Corinthians), Gabi Nunes (Levante), Jheniffer (Corinthians), Ludmilla (sem clube) e Marta (Orlando Pride). Essas jogadoras, algumas com experiência olímpica e outras estreantes, têm a missão de levar o Brasil a uma campanha vitoriosa.
Conhecido por seu estilo ofensivo durante sua passagem pelo Corinthians, o treinador verde-amarelo optou por levar para a Olimpíada de Paris um número maior de atacantes. “Por decisão da comissão, pelo perfil do nosso trabalho e do futebol hoje em dia, convocou um número maior de atacantes, porque é onde exige um número maior de substituições, onde se desgasta mais normalmente e se precisa ter atletas que não estejam tão desgastadas nesse momento decisivo do jogo em que vamos procurar ser uma equipe equilibrada e definir os jogos, colocando a bola na rede,” explicou Elias.
Com duas medalhas de prata (Atenas-2004 e Pequim-2008), a seleção brasileira busca superar suas campanhas anteriores. A trajetória em Olimpíadas inclui o quarto lugar em Atlanta-1996 e Sydney-2000, e um desempenho abaixo das expectativas em Londres-2012 e Rio-2016, onde terminou em quarto lugar. Em Tóquio-2020, a equipe foi eliminada nas quartas de final após empatar com o Canadá e perder nos pênaltis.
Arthur Elias está ciente das dificuldades enfrentadas pela seleção em fases decisivas. “Historicamente, temos esse retrospecto muito ruim quando a seleção avança para o mata-mata. Então os últimos resultados são coerentes com isso, com as eliminações precoces. Nós temos um modelo de jogo, uma ideia, e estamos transmitindo isso, de vê-las mais encorajadas, mais agressivas, mesmo que, de forma controlada, passemos por alguns riscos. É preciso ir passo a passo e saber jogar criando chances de gols, com confiança e espírito de jogo para a bola entrar", destacou Arthur Elias, durante coletiva de imprensa durante a fase preparação realizada na Granja Comary, em Teresópolis. Ele garante um time "corajoso, organizado, confiante e mais agressivo" para brilhar em Paris-2024.
Confira as datas e horários do futebol feminino do Brasil na Olimpíada de Paris 2024:
25 de julho (quinta)
- 14h – Nigéria x Brasil
28 de julho (domingo)
- 12h – Brasil x Japão
31 de julho (quarta)
- 12h – Brasil x Espanha