Rebeca Andrade subiu ao pódio pela terceira vez em Paris-2024, neste sábado (3), ao ganhar a prata na final do salto. O Yurchenko com tripla pirueta, salto que receberia seu nome caso fosse feito e acertado, ficou para outra ocasião. "Queria muito ter feito [o Yurchenko com tripla pirueta], porque treinei bastante para isso, mas ao mesmo tempo não estava 100% confiante como me sinto fazendo as outras coisas", disse ela após ganhar a medalha.
Em entrevista à TV Globo, a ginasta afirmou que preferiu não arriscar. "Mas não é que estivesse ruim, estava lindo. Mas estou com minha prata aqui, fiz dois saltos muito bons, estou muito orgulhosa do que eu fiz."
Rebeca escolheu um Cheng e uma dupla pirueta e meia, terminando com 14.966 pontos. Na frente dela, a multicampeã Simone Biles somou 15.300 pontos e mais uma medalha de ouro. Jade Carey, também dos Estados Unidos, completou o pódio ao alcançar nota de 14.466.
A respeito da declaração que deu sobre não competir mais no individual geral, a brasileira tranquilizou os fãs. "As pessoas estão achando que eu vou sair da ginástica. Não é isso. É que o individual geral são os quatro aparelhos, e para mim é muito pesado."
De acordo com Rebeca, as chances de ela continuar competindo no salto e nas barras paralelas são maiores. O solo, porém, deve ficar de fora no próximo ciclo olímpico. Mas nada é definitivo.
"Vai que dá um 'tchan' na minha cabeça, meu corpo melhora... Só Deus sabe o futuro", afirmou. "Mas está tudo certo, gente, vocês ainda vão me ver. Fiquem calmos."
Além disso, a ginasta brasileira demonstrou calma ao comentar sobre as outras duas finais que ainda tem para disputar - solo e trave, ambas na segunda-feira (5).
"Gosto de pensar em um dia de cada vez", afirmou. "Estou muito orgulhosa por estar colocando mais uma medalha na história e sendo tão grande para o meu país e para o meu esporte."
A ginasta brasileira agora tem cinco medalhas: ouro no salto e prata no individual geral em Tóquio 2020, prata no salto e no individual geral e bronze por equipes em Paris 2024. Ela já se tornou a maior medalhista do Brasil em Jogos Olímpicos ao lado dos velejadores Robert Scheidt e Torben Grael, com 5 conquistas cada. Ela também já é a mulher brasileira com mais medalhas em Jogos Olímpicos.
E ela pode se isolar nesse ranking já que na próxima segunda ela disputa mais duas finais. Caso vá ao pódio, pode encerrar as Olimpíadas de Paris como a maior atleta brasileira de todos os tempos.
(Folhapress)