BRASÍLIA - A Secretaria de Comunicação da Presidência da República (Secom) divulgou nota neste domingo (4) para se solidarizar com a jornalista Verônica Dalcanal, vítima de assédio durante a cobertura dos Jogos Olímpicos de Paris, e classificou o episódio como “inaceitável”. A profissional é funcionária da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), companhia pública federal. 


Durante uma transmissão da jornalista no sábado (3), três homens se aproximaram, começaram a cantar e um deles beijou o rosto de Verônica sem o consentimento dela. Um segundo homem também tentou beijar a profissional. O grupo parecia ser estrangeiro. 


“É inaceitável que jornalistas mulheres continuem sendo vítimas dessa violência. A Secom dará o apoio que se faça necessário nesse momento”, destacou a Secom na nota. “Saudamos toda a equipe da EBC - em Paris e no Brasil - que com seu profissionalismo e dedicação vem fazendo a cobertura da participação brasileira nos Jogos Olímpicos, levando informação de qualidade nos mais diversos meios para todo o país e fortalecendo a comunicação pública e governamental”, completou o órgão. 


No sábado (3), a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, já havia se manifestado em suas redes sociais. “É inaceitável que acreditem ter propriedade sobre nossos corpos, e que jornalistas e outras mulheres em espaços de poder passem por situações como essa. Precisamos ser respeitadas em todos os espaços”, disse. 


O presidente da EBC, Jean Lima, classificou como “inadmissível que mulheres ainda sejam submetidas a esse tipo de agressão, principalmente jornalistas no exercício da sua profissão. Verônica, minha solidariedade”. 


“É inaceitável o assédio à repórter da TV Brasil, emissora da EBC, Verônica Dalcanal, durante transmissão ao vivo nas Olimpíadas, em Paris. É uma agressão à jornalista, à mulher e ao espírito olímpico, especialmente nesta edição em que as mulheres, em particular as brasileiras, estão conquistando o merecido protagonismo”, ressaltou a diretora de jornalismo da EBC, Cidinha Matos.