Kaylia Nemour tem só 17 anos e já fez história no esporte mundial. Neste domingo (4/8), foi a primeira atleta africana a conquistar uma medalha olímpica na ginástica artística. E foi logo a mais cobiçada: a de ouro.
A nota de 15.700 foi histórica e ainda maior que a da classificatória (15.600), que já havia chamado atenção. O resultado a colocou à frente da chinesa Qiu Qiuyan (15.500) e da americana Sunisa Lee (14.800) no pódio. Com o feito, a franco-argelina não conteve as lágrimas na Arena Bercy.
Na prova do individual geral, vencida por Simone Biles e que teve Rebeca Andrade como medalhista de prata, Kaylia ficou na quinta colocação e com mais uma atuação impressionante nas barras assimétricas (15.533).
Quem é Kaylia Nemour, campeã olímpica
Kaylia nasceu em Sainy-Benoît-la-Forêt, na França, de mãe francesa e pai argelino. Desde muito nova, era vista como uma das principais promessas da ginástica francesa.
Em 2022, por desavenças com a Federação Francesa de Ginástica após lesão grave nos dois joelhos, a jovem rompeu com os dirigentes franceses e solicitou a mudança para competir pela Argélia, país de seu pai. A aprovação foi em julho daquele ano.
A entidade francesa, recusando o pedido, fez com que Kaylia tivesse que esperar um ano para competir pelo país africano, conforme as regras da Federação Internacional de Ginástica (FIG).
Em 2023, foi vice-campeã mundial, e também conquistou a primeira medalha de um país africano em Mundiais de ginástica artística. Hoje, ainda adolescente, é vista como uma das principais especialistas nas barras assimétricas.