A ex-jogadora de vôlei Erika Coimbra condenou a polêmia envolvendo a boxeadora argelina Imane Khelif durante a Olimpíada de Paris. A atleta teve a sua participação ofuscada por causa de um debate sobre sua elegibilidade para competir. A discussão iniciou após ela vencer a italiana Angela Carini, na luta de estreia.
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"Atacam as pessoas, independente do que for. Isso se ela tiver um problema, (atacam) até mesmo no caixão", disse Coimbra. A ex-jogadora de vôlei também teve o seu sexo questionado nas Olimpíadas de Sydney, na Austrália, em 2000. Na ocasião, Erika foi apontada como homem devido ao seu alto nível de testosterona no corpo, o que impedia de atuar na categoria feminina.
"No meu caso, fui muito atacada. E ainda teve o médico mineiro que decidiu expor o meu caso, uma menina de 17 anos", relembrou. Érika teve o diagnóstico de Síndrome de Morris. A doença se caracteriza por fenótipo feminino com genótipo masculino, onde se observa uma desordem genética. "É uma síndrome como outras. Tem gente que possui Síndrome de Down. Precisa ter respeito", acrescentou.
Campanha
A boxeadora argelina, Imane Khelif, está na semifinal do boxe olímpico até 66kg. Khelif volta ao ringue na terça-feira (6) para disputar um lugar na final contra a tailandesa Janjaem Suwannapheng.