Considerar Jon Jones o maior lutador de MMA de todos os tempos ainda não é unanimidade entre os fãs das artes marciais mistas, porém, na noite deste sábado (29), o norte-americano terá uma grande chance para passar a ser reconhecido dessa maneira. Ex-campeão dos meio-pesados (até 93 kg), ele encara o sueco Alexander Gustafsson na luta principal do UFC 232, às 21h15 (de Brasília), em um dos duelos mais aguardados da história da modalidade, que vale o cinturão da categoria, que está vago após Daniel Cormier subir para os pesos-pesados (até 120 kg).
Porém, sem lutar há 17 meses, graças as recorrentes suspensões por doping, Jon Jones terá que encarar novamente o adversário mais complicado de toda sua carreira. Isso porque, há mais de cinco anos, Jones e Gustafsson travaram um duelo histórico e polêmico, que, para muitos, foi vencido pelo sueco, só que o resultado oficial foi a vitória do norte-americano. “Na primeira vez que lutei contra Alexander Gustafsson, acho que fui arrogante. Eu não respeitei o boxe. Qualquer um conseguia boxear. O “Rampage” boxeava, o Vitor Belfort boxeava. Mas ele tem um nível de boxe diferente. Dessa vez será diferente”, disse Jones.
Sobre aquela luta, o sueco foi seco. “Acredito que venci aquela luta, mas não sou de ficar reclamando por aí dos meus resultados. Como terei a chance de enfrentá-lo novamente, dessa vez não vou deixar que o resultado seja dado pelos árbitros. O que mais importa para mim é acabar com esse palhaço do esporte. Ele vai cair. A era do Jon Jones acabou”, afirmou Gustafsson.
Novo local
O UFC transferir todo o evento de local a menos de uma semana dos combates, porque Jon Jones teve sua licença para lutar em Las Vegas negada pela Comissão Atlética do Estado de Nevada, devido a uma anormalidade no antidoping, no último dia 9. O card foi transferido para Los Angeles, onde a Comissão Atlética da Califórnia garantiu que concederia a licença a ele.
No exame realizado, metabólitos de turinabol foram encontrados no organismo de Jones. A substância foi a mesma que encontrada no corpo de ‘Bones’ no teste que lhe rendeu a segunda suspensão, em julho de 2017.
Campeãs Cris Cyborg e Amanda Nunes duelam
O evento que encerra 2018 do maior evento de artes marciais mistas também terá um outro duelo que marcará época no MMA. E para felicidade geral ele envolve duas brasileiras e campeãs do UFC: dona do cinturão peso-galo (até 61 kg), a baiana Amanda Nunes subiu de categoria para encarar a curitibana Cris Cyborg, pelo cinturão dos pesos-pena (até 66 kg).
Pela primeira vez, duas campeãs do UFC ficam frente a frente na luta co-principal. Aos 33 anos, Cristiane Justino, está em busca da terceira defesa de título no Ultimate, e da oitava, se somados seus reinados no Strikeforce e Invicta FC. Ela defende invencibilidade de 21 lutas em mais de 13 anos. Assim como Jones, ela pode provar de uma vez por todas que é a maior lutadora de todos os tempos.
Aos 30 anos, Amanda Nunes, a Leoa, quer manter o título e ampliar os sete triunfos consecutivos. Ela busca a marca histórica de ser primeira mulher campeã em duas categorias no UFC e se tornar a primeira a ter triunfos sobre Ronda Rousey e Cris Cyborg.