Sete pessoas serão indiciadas pela morte de Daniel Corrêa, de 25 anos, ex-jogador do Cruzeiro, de acordo com a Polícia Civil do Paraná. As penas somadas ultrapassam 40 anos de reclusão. 

A delegacia de São José do Pinhais, na região metropolitana de Curitiba, concluiu o inquérito nesta quarta-feira (21) e agora o caso será entregue ao Ministério Público.

Os sete suspeitos foram indiciados por diferentes crimes, sendo homicídio qualificado, fraude processual, ocultação de cadáver, lesões graves  e coação de testemunhas.

Durante o andamento das investigações, 21 pessoas (entre amigos, testemunhas e familiares) foram ouvidas na delegacia, na presença de autoridades policiais e advogados. 

As investigações iniciaram assim que o corpo do jogador foi encontrado, no dia 27 de outubro, na Estrada do Mergulhão, área rural de São José dos Pinhais. A vítima foi levada ainda com vida para o local, onde foi brutalmente assassinada.

“Foram realizados cerca de sete exames complementares pelo Instituto de Criminalística e Instituto Medico Legal (IML) até chegar na conclusão dos trabalhos de polícia judiciária”, declarou o delegado responsável pelas investigações, Amadeu Trevisan.

O inquérito ultrapassou 370 páginas, constando os depoimentos de todos os envolvidos, fotos, vídeos, áudios, além das diligências, relatórios policiais e laudos periciais solicitados durante o período de investigação, que durou 25 dias.

Suspeitos e crimes

• Edison Brittes - homicídio qualificado e ocultação de cadáver;
• Eduardo da Silva - homicídio qualificado e ocultação de cadáver;
• Ygor King - homicídio qualificado e ocultação de cadáver;
• David Willian da Silva - homicídio qualificado e ocultação de cadáver;
• Cristiana Brittes - coação de testemunha e fraude processual;
• Allana Brittes - coação de testemunha e fraude processual;
• Eduardo Purkote - lesões graves.

O crime

Daniel Corrêa Freitas, de 25 anos, foi encontrado morto, no dia 28 de outubro, em uma área rural conhecida como Colônia Mergulhão, em São José dos Pinhais, região metropolitana de Curitiba, e o corpo foi velado e enterrado em Conselheiro Lafaiete, onde moram os familiares do jogador de futebol.

No dia 31 de outubro, a Polícia Civil ouviu Edison Brites Júnior, principal suspeito do assassinato de Daniel. A corporação chegou até ele depois de uma testemunha ter afirmado que o jogador e mais seis pessoas estavam em uma boate de Curitiba e depois foram para a casa do suspeito do crime.

Segundo ela, Daniel foi espancado por quatro pessoas em um dos quartos da casa e pedia para não ser morto. De acordo com o advogado da testemunha, o autor do crime procurou as pessoas que estavam na casa para conversar e tentar mudar as versões da história. Na data, a principal suspeita era a de que o jogador teria se envolvido com a esposa do empresário.

Posteriormente, a Polícia Civil divulgou que o crime aconteceu depois da festa de 18 anos de Allana. A comemoração começou em uma casa noturna, no dia 26 de outubro, e se estendeu até a manhã seguinte, na casa da família. Daniel foi espancado na casa e depois levado para um matagal, onde o corpo foi encontrado.