A cidade de Uberlândia, no Triângulo Mineiro, será o palco do Mundial de Clubes de Vôlei Masculino 2024, que acontecerá entre os dias 10 e 15 de dezembro, na Arena Sabiazinho. Inicialmente programada para ocorrer na Índia, a competição foi transferida após o país desistir de sediar o evento. As datas e horários dos jogos, além da formação dos grupos da primeira fase, ainda serão confirmados pela Federação Internacional de Vôlei (FIVB).

O torneio contará com a participação de oito equipes: Trentino e Lube Civitanova, da Itália, Ciudad Voley, da Argentina, Foolad Sirjan e Shahdab Yazd, da República Islâmica do Irã, e Al Ahly SC, do Egito, incluindo dois clubes mineiros: Praia Clube, que participa como anfitrião, e Sada Cruzeiro, representando Minas Gerais e o Brasil. O clube estrelado é o maior vencedor brasileiro do torneio, com quatro títulos conquistados em 2013, 2015, 2016 e 2021. A equipe celeste garantiu vaga no Mundial ao vencer o Campeonato Sul-Americano pela oitava vez consecutiva.

Na atual temporada, o time comandado pelo técnico Filipe Ferraz venceu o Campeonato Mineiro pela 15ª vez e levantou a Supercopa de Vôlei Masculino. As novidades são o levantador Matheus Brasília e o ponteiro Douglas Souza, que se juntam a nomes já consagrados como Wallace, Rodriguinho, Vaccari, Lucão e o líbero Alê.

"É uma alegria imensa representar o Sada Cruzeiro, seja onde for. Tem sempre essa pressão, esse peso em relação ao Mundial, mas a gente sabe da qualidade dos nossos jogadores. As equipes se reforçando, as equipes europeias jogam muito entre elas, um vôleibol francês, um vôleibol polonês, um vôleibol alemão, e é nós aqui, querendo ou não, a gente fica muito no sul-americano, mas, ao mesmo tempo a gente tá sempre preparado", analisou Filipe Ferraz.

O Praia Clube, tradicional no vôlei feminino, estreia no cenário internacional do vôlei masculino após a parceria com o Araguari chegar ao fim. Sob o comando de Fabiano Ribeiro, o Praia conquistou o terceiro lugar no Campeonato Mineiro, nesta temporada, e agora se prepara para o desafio inédito no Mundial de Clubes de vôlei. O oposto Franco, maior pontuador da Superliga nas últimas duas temporadas, e o ponteiro Lucas Lóh, ex-Minas e seleção brasileira, são os destaques do time. Além deles, seis atletas que faziam parte do projeto com o Araguari foram mantidos no elenco: os levantadores Bruno Alves e Gustavo, o central Ian, os ponteiros Bruno Temponi e Maicon, e o líbero Pedrinho.

Da Argentina, o Ciudad Voley garantiu sua vaga no torneio como vice-campeão do Campeonato Sul-Americano de Clubes. A equipe, comandada por Hernán Ferraro, conta com o ponteiro Facundo Conte, que já passou pelo Sada Cruzeiro e pelo Taubaté. Nesta temporada, a equipe albiceste conquistou o bicampeonato na liga nacional argentina e busca um bom desempenho no Mundial.

Domínio Italiano

Elenco do Trentino vôlei | Foto: Trentino Volley/Divulgação @trabalza

A Itália é o país com mais títulos na história do Mundial de Clubes de Vôlei. Das 18 edições realizadas, 12 foram vencidas por equipes italianas. O Trentino é o maior campeão, com cinco conquistas, em 2009, 2010, 2011, 2012 e 2018. A equipe de Fábio Soli chega ao torneio após vencer a Liga dos Campeões da Europa. Entre os destaques do time está o brasileiro Flávio, mineiro de Pimenta, que está em sua quarta temporada no voleibol italiano, além de jovens talentos como Alessandro Michieletto e Daniele Lavia, que formam a base de um time ambicioso, de olho no sexto título.

Outro representante da Itália é o Lube Civitanova, que garantiu vaga no Mundial após terminar a Liga dos Campeões da Europa em terceiro lugar. Na última temporada, a equipe viveu momentos de altos e baixos, e terminou o campeonato italiano na quinta colocação. O time conta com o central sérvio Marko Podraščanin, que se destaca pelos bloqueios e ataques. Além de Luciano De Cecco, capitão e referência do um time que busca recuperar sua melhor forma.

Outros clubes

Do Irã, o Foolad Sirjan chega embalado no Mundial de clubes de vôlei masculino pelo título do Campeonato Asiático de Clubes, liderado pelo oposto Ali Hajipour, eleito o melhor jogador do torneio. Já o Shahdab Yazd, vice-campeão asiático, conta com o central Masoud Gholami, que se destacou como um dos melhores da posição no campeonato continental.

Fechando a lista, o Al Ahly SC, do Egito, chega como o campeão africano, liderado pelo experiente Ahmed Salah, de 31 anos. O atleta é considerado o maior nome do vôlei egípcio e busca fazer história na competição.