SÃO PAULO - O Osasco São Cristóvão Saúde conquistou o título da Superliga feminina nesta quinta-feira (1/5), em um duelo contra o Sesi Bauru no ginásio do Ibirapuera. Voltando a subir no lugar mais alto do pódio após mais de uma década, essa final foi a primeira para muitas jogadoras do elenco.

Uma delas é Tifanny, que foi um dos grandes nomes da campanha osasquense da semifinal vencida em uma virada heroica contra o Gerdau Minas. A oposta, que é a primeira mulher trans não só a vencer a Superliga, mas também jogar a competição profissional, celebrou bastante a conquista, ciente do que sua presença no esporte significa para a juventude.

"Estou em choque ainda por saber que estou aqui representando toda a classe LGBTQIA+, pessoas trans, pessoas jovens que acreditam no esporte. Saí de uma cidade pequena do interior do Pará, onde o nosso esporte era de rua, mas eu sonhei em ser uma atleta profissional vendo essas jogadoras aqui (Sheilla Castro e Virna) que me inspiraram. Obrigada por existirem. Hoje eu inspiro muitas outras meninas e faço parte do sonho delas", celebrou Tifanny.

Entre as palavras emocionadas e a comemoração, a jogadora aproveitou para cumprimentar outras atletas que fizeram história no vôlei brasileiro e que acompanharam de perto a decisão. A também oposta Sheilla assistiu ao jogo no Ibirapuera e entregou um dos prêmios individuais da seleção brasileira. Outra atleta que esteve por lá é Érika Coimbra, além do técnico Zé Roberto Guimarães, da seleção principal do Brasil.

Tiffany falou sobre a importância de sua representatividade ao se tornar a primeira mulher trans campeã da Superliga. Aproveitou pra dar moral pra Sheilla e Virna, que estavam por ali, e falou o quanto elas a inspiraram a começar no vôlei! pic.twitter.com/G1SQ459nM4

— binha (@deboraelisa_) May 1, 2025