Por mais que a seleção atual não seja como a de outros tempos, quem imagina um duelo do Brasil contra o Irã pelo vôlei masculino dificilmente aponta a equipe do Oriente Médio como favorita. E nem mesmo com equivalência de forças. Mas para o técnico verde e amarelo, Renan Dal Zotto, não dá para apontar os prováveis vencedores dos confrontos das oitavas de final.
"Agora a competição chegou em um ponto que não cabe mais erro. Quem perder está fora, não tem mais favorito. Quem não der o seu melhor volta para casa. Nosso foco no momento está todo no Irã, mas ninguém terá vida fácil, não, todo jogo é uma guerra", afirma o treinador ao O Tempo Sports.
Dal Zotto tem até terça-feira (6), dia do jogo, para ajustar a seleção, que, apesar de ter se classificado como primeira do Grupo B, não dá ao torcedor a segurança de que disputará medalhas no Mundial. A classificação para o mata-mata veio com vitórias sobre Cuba (3 a 2), Japão (3 a 0) e Catar (3 a 0), mas, inclusive diante desse último adversário, enfrentou dificuldades.
Do outro lado da quadra no duelo decisivo, o Irã terminou em segundo no Grupo F. Venceu a Argentina (3 a 2) e o Egito (3 a 1) e perdeu para a Holanda (3 a 1). Os resultados nem tão expressivos e a menor de tradição da equipe do Oriente Médio não faz o comandante brasileiro baixar a guarda.
Renan elenca os pontos fortes do adversário e prega foco total para o Brasil se classificar. “O time do Irã chega sempre com possibilidades em todas as competições que disputa e tem equipe para isso. Este será um jogo de mata-mata e, por isso, temos que ter atenção em todos os detalhes", afirma.
"Eles têm atacantes fortíssimos, como o Amin, oposto, e os dois ponteiros também são muito fortes. É uma equipe com bom poder de saque. Para este jogo, tudo tem que funcionar com bastante equilíbrio, para não ficarmos reféns de um fundamento só”, completa Dal Zotto.