A jogadora de vôlei Tandara Caixeta, de 33 anos, voltou a usar suas redes sociais para se posicionar contra a presença de atletas trans nos esportes. Dessa vez, celebrou a decisão da Federação Internacional de Natação (Fina) de restringir a participação de mulheres trans em competições. A entidade definiu que somente atletas que transicionaram antes dos 12 anos, ou seja, pré-puberdade, serão liberados para competir.
Em todas as suas redes sociais, a campeã olímpica compartilhou prints de uma reportagem sobre o assunto e escreveu: "Como sempre disse, eu não sou contra ninguém, sou contra a injustiça. Essa regra deveria se estender a todos os esportes".
A postura, porém, revoltou alguns internautas, que citaram o fato de Tandara estar suspensa por doping por ter testado positivo para uma substância anabolizante proibida (ostarina).
Em resposta à atleta, um usuário da rede social respondeu "injustiça é tomar dopping para ter vantagem em cima dos outros", enquanto outros ironizaram a postura da jogadora. "Tandara, vai procurar provar a tua inocência que tu diz que tem provas e tudo e deixa a fisiologia pra quem entende de verdade", disparou uma internauta.
Tandara, que está proibida de jogar vôlei até 2025, anunciou, em maio deste ano, que irá se candidatar a deputada federal (São Paulo) pelo MDB, visando as eleições do final deste ano.
Essa também não foi a primeira vez em que a atleta se posiciona publicamente contra a presença de atletas trans, citando, inclusive, Tiffany, sua ex-colega de time no Osasco.
Relembre o caso de doping de Tandara
Na véspera da semifinal olímpica em Tóquio 2020, contra a Coréia do Sul, Tandara foi avisada pela autoridade de controle de dopagem que teria um resultado positivo para uma substância proibida. A oposta embarcou de imediato para o Brasil, e foi retirada da delegação brasileira dos Jogos Olímpicos. O teste foi realizao antes do embarque para Tóquio.
Com o resultado positivo para ostarina, uma substância que possui efeitos semelhantes à testosterona - estimula o ganho de massa muscular o aumento da força -, a atleta ficou cerca de um ano em suspensão provisória aguardando julgamento.
Em maio de 2022, Tribunal de Justiça Desportiva Antidoping decidiu, de forma unânime, suspender Tandara por quatro anos. Tandara, porém, ainda pode recorrer da decisão.