Time mineiro

Vôlei: técnico do Monte Carmelo analisa final desta quinta (30) e volta à elite

Time do Triângulo Mineiro disputará a decisão da Superliga B contra o Joinville

Por Matheus Oliveira
Publicado em 29 de março de 2023 | 17:14
 
 
 
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Após garantir a volta à elite do vôlei nacional, o Azulim Gabarito Monte Carmelo, do Triângulo Mineiro, disputará a final da Superliga Masculina B nesta quinta-feira (30), às 18h30, contra o Joinville. A decisão será em jogo único em Santa Catarina e terá transmissão do Sportv.

O time do Sul do país tem a vantagem de atuar em casa porque terminou a fase classificatória na liderança, enquanto os carmelitanos ficaram em segundo lugar. Ambos somaram 21 pontos, mas a equipe catarinense teve uma vitória a mais (8 a 7).

Às vésperas do duelo, O Tempo Sports conversou com o técnico do Monte Carmelo, Manoel Honorato, que vê o adversário em vantagem, por jogar em casa, mas mostra confiança nos comandados.

O Tempo Sports - Monte Carmelo e Joinville tiveram campanhas semelhantes na primeira fase. Você acredita em um duelo equilibrado na final? Que avaliação faz do adversário?

Manoel Honorato - O Joinville tem um orçamento gigantesco, mas orçamento não manda muito nessa hora. Acredito muito mais no trabalho do que no orçamento. Eles têm uma equipe extremamente forte, vai ser, sim, um duelo equilibrado. Ganhamos na casa deles (3 a 1 na fase classificatória), mas isso não nos qualifica a absolutamente nada. Eles têm dois levantadores fantásticos, o Cesinha e o Evandro, o Bisset (oposto), o cubano. É uma equipe que tem um poder de saque e de ataque muito fortes.

OTS- O fato de a final ser em jogo único e com mando do Joinville dá o favoritismo ao time catarinense?

MH - Pelo fato de ser em Joinville, tem um favoritismo deles, mas isso não significa que nossa equipe vai aceitar tudo no jogo. Temos estudado os jogos do adversário e vamos tentar montar uma estratégia em cima da estratégia deles. As ações do jogo é que realmente vão decidir o campeão.

OTS - Como você analisa a caminhada do Monte Carmelo até o acesso à Superliga A? Quais os pontos fortes do seu time?

MH - O ponto forte da equipe é que investimos em relacionamento. Tivemos, durante 12 semanas, um trabalho de inteligência emocional, de terapia com os atletas. O time se apresentou no dia 20 de junho. Muita gente da Série A se assustou 'por que uma equipe da Série B se apresentou antes de uma equipe da Série A?'. Tem clubes que dividem o orçamento em seis parcelas aos atletas. Nós não. Fizemos em dez, porque achamos que o valor de dinheiro é um dos menores valores da vida, mas o valor de relacionamento, de comunhão, de identidade com o projeto, isso sim tem um preço muito grande.

Todos compartilham do mesmo objetivo, e esse objetivo nosso não era falado, era sentido. A partir do momento em que traçamos metas de subir, não subir, descer, não descer, tudo isso bombardeava muito a cabeça do atleta. Fizemos um pacto no primeiro treino na areia, no clube Chaminé, em Monte Carmelo, de que queríamos jogar bem todos os jogos. Foi um dos motivos pelos quais tivemos o acesso.

OTS- A ideia é sua permanência e a manutenção do trabalho na próxima temporada?

Devo continuar no comando da equipe adulta, mas ainda vamos ouvir muitas pessoas, patrocinadores, a própria comissão técnica, a gestão da Academia do Vôlei e a Prefeitura de Monte Carmelo para tomarmos a melhor decisão para a equipe.

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