Imagens de câmeras de segurança foram peça-chave para a Polícia Civil de Minas Gerais identificar e prender três integrantes de uma quadrilha especializada no furto de caminhonetes Fiat Strada em Belo Horizonte e na região metropolitana. Os vídeos mostram o modo de atuação do grupo, marcado pela descrição: a ação completa, em alguns casos, durava pouco mais de um minuto.

As imagens revelam como os criminosos desativavam os sistemas de segurança de forma discreta. Eles se posicionavam debaixo do carro para desligar o som do alarme. Em seguida, arrombavam a porta da frente, cortavam o fio da buzina e usavam um desbloqueador de sinal para tentar dar partida. Quando necessário, forçavam a chave e estouravam o tambor da ignição. Para evitar qualquer barulho, empurravam o carro até certa distância antes de ligá-lo.

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Investigação
Com o apoio dessas imagens, agentes da 4ª Delegacia Especializada em Prevenção e Investigação a Furto e Roubo de Veículos conseguiram acompanhar em tempo real os passos de dois dos investigados. Eles foram presos no dia 9 de julho no bairro Vale do Jatobá, dentro de um Fiat Palio. O terceiro suspeito foi capturado no dia seguinte em Ibirité.

Foram presos Lucas Thales Aurélio da Silva, de 25 anos (conhecido como “Falcão”), Douglas Ricardo de Moura da Silva, de 23 (“DG”) e Claudiney Santos de Jesus da Costa, de 42 (“Nem”). Os três já tinham passagens anteriores por crimes como furto e tráfico de drogas. Segundo a polícia, o grupo agia de forma organizada e reincidente, tendo praticado ao menos cinco furtos confirmados entre maio e outubro de 2024.

Durante as buscas, a polícia apreendeu um bloqueador de rastreador, cheques de uma vítima e celulares. A Fiat Strada era o alvo preferencial da quadrilha, por ser de fácil arrombamento, alto valor de mercado e por ter peças muito valorizadas em desmanches, como a tampa traseira da carroceria.

As investigações, que duraram cerca de quatro meses, agora buscam identificar os receptadores e possíveis ramificações com outras quadrilhas. A recomendação da Polícia Civil é de que vítimas entreguem sempre as imagens de segurança, pois elas são fundamentais para acelerar as investigações e identificar suspeitos já monitorados.