Um homem de 29 anos foi preso com aproximadamente 1,5 tonelada de fios de cobre em uma propriedade rural de Juiz de Fora, na Zona da Mata, durante operação da Polícia Civil (PCMG) nesta quarta-feira (3/9). O suspeito, que é apontado como um proprietário de um ferro-velho na cidade, é acusado de liderar um esquema de receptação qualificada de fios de cobre.

Segundo a PCMG, o material furtado era recebido e preparado para revenda na propriedade. "O suspeito apresentava crescimento patrimonial atípico e já vinha sendo monitorado pela equipe de inteligência. No local, os investigadores identificaram a prática de queima de fios no leito do Rio do Peixe, em área de preservação ambiental, para separar a borracha do cobre, provocando emissão de gases tóxicos e degradação ambiental", explicou a instituição.

A Polícia Civil também indicou que, além da grande quantidade de fios, a investigação revelou que o cobre era destinado a receptadores de maior potencial econômico, podendo atingir até o dobro do valor de mercado. "O material recuperado será devolvido às vítimas e empresas lesadas. Já o cobre já queimado, sem possibilidade de identificação, seguirá para a cadeia de custódia e terá destinação definida pela Justiça, podendo ser doado ou destruído. Três veículos também foram apreendidos, um deles com sinal de identificação adulterado", acrescentou a PCMG.

Como funcionava o esquema?

De acordo com a Polícia Civil, o esquema criminoso seguia um ciclo estruturado:

1 - Os fios eram furtados em diferentes pontos da cidade e encaminhados ao espaço rural em Torreões, onde passavam pelo processo de queima para extração do metal;

2 - Em seguida, o cobre era vendido a receptadores maiores, que inseriam o material no mercado formal, obtendo ganhos ilícitos expressivos.

"As investigações continuam para identificar outros envolvidos, tanto na execução dos furtos quanto na receptação em maior escala. O suspeito detido foi encaminhado ao sistema prisional e será indiciado por poluição ambiental, associação criminosa e adulteração de sinal identificador de veículo", finalizou a PCMG.