O atual campeão quer manter sua condição. Mesmo com todos os percalços que aguardam o Cruzeiro em 2019, tendo mais uma vez o sonho do tricampeonato da Libertadores como obsessão, o bicampeonato mineiro é também um objetivo, fazendo prevalecer seu status dentro de uma rivalidade regional consagrada e quase centenária.

Uma responsabilidade que os jogadores assumem. “No Campeonato Estadual, a gente enfrenta vários tipos de estádios, diferentes da Série A, diferentes da Libertadores, mas nós já estamos acostumados com essas situações. Eu, particularmente, já joguei vários Estaduais, e acho importante esse tipo de competição porque valoriza Minas Gerais, os clubes do interior. Por isso que, desde o primeiro jogo, vamos em busca de uma vitória para dar sequência ao trabalho e, no fim, conseguir nosso objetivo, que é o título”, afirmou o meia-atacante Rafinha, artilheiro do Cruzeiro no Campeonato Mineiro da última edição, com cinco gols marcados. 

Dentre os trunfos do Cruzeiro, destacam-se a manutenção da base e a chegada de reforços pontuais que precisarão de tempo para se ajustarem à filosofia do time. O Mineiro é o campo perfeito para dar o ritmo necessário à equipe. No entanto, Mano Menezes não quer limitar o Estadual a uma espécie de laboratório. 

“O Campeonato Mineiro é uma competição importante, da qual nós somos os detentores do título, os atuais campeões. Vamos defender isso. Naturalmente, quando você vai vencendo, você vai evoluindo. Mas nós não devemos falar que vamos usar essa ou aquela competição para priorizar outra. Não é assim. (O Mineiro) é um torneio importantíssimo. Está dentro da rivalidade local, e nós respeitamos isso. Vamos entrar com esse espírito desde o início”, concluiu o técnico celeste. 

Reforços para encorpar o campeão

O Cruzeiro não inicia o Campeonato Mineiro com o time completamente fechado. A busca por reforços continua por parte da diretoria celeste, que está próxima de anunciar as contratações de Marquinhos Gabriel e Rodriguinho. 

Marquinhos Gabriel busca reencontrar o futebol de destaque que apresentou em sua passagem no Santos e que acabou esquecido no Corinthians. De volta do mundo árabe, o atleta é uma boa composição de elenco. 

No caso de Rodriguinho, a vinda do jogador é uma resposta clara à saída de Arrascaeta. O ex-corintiano foi ao futebol egípcio com status, principalmente por ter sido um dos destaques do time campeão brasileiro de 2017. Importante e cerebral no meio-campo, o jogador pode ser o camisa 10 esperado por Mano. 

MINIENTREVISTA - Henrique
Quantos campeonatos mineiros você já disputou?
Este será o décimo, porque não disputei em 2013 porque estava machucado.
O Campeonato Mineiro é um torneio que, muitas vezes, divide opiniões porque se encaixa no meio de outros torneios, como a Libertadores, além de ter muitas datas.

Mas qual é a sua opinião sobre o Estadual e a importância dele para o time?
O Campeonato Mineiro é o início de uma preparação para o restante do ano. Claro que nós não estaremos no ideal ainda, nós vamos ganhando força, nos encorpando no decorrer do torneio. A gente sempre fala que o campeonato que a gente disputa, seja qual for, sempre entramos para ganhar, independentemente se outros valorizam ou não. Sabemos que teremos outros torneios de grande importância para a diretoria e para o elenco, mas jogador gosta de vencer, de ganhar títulos, e entraremos focados para conquistar esse objetivo no Mineiro.

Você, como capitão do Cruzeiro, está com o braço pronto para levantar mais uma taça de campeão mineiro?
O que eu posso dizer é que ando malhando bastante (risos). Esperamos que isso aconteça novamente, 2017 e 2018 foram anos de conquistas importantes, e esperamos repetir. Sabemos o quanto é importante ser campeão pelo Cruzeiro.

O Cruzeiro chega a mais um início de temporada com poucas reformulações no elenco. É difícil manter uma base como a montada pelo clube ano após ano?
Com certeza, ainda mais uma equipe vencedora. Existe sempre aquele interesse de outras equipes de tirar jogadores de nível alto daqui para reforçá-los. Mas o Cruzeiro sempre está atento ao mercado, sempre mantendo a base, isso tem dado resultado. 

E falando em elenco, o alto astral anda imperando na Toca. O quanto isso é importante para os atletas?
Neste período, é legal a descontração, brincar, porque, daqui a pouco, a gente começa a competir e o nível de concentração aumenta