Frederico Jota
Felipão no Cruzeiro: pontos decisivos, mas pouco futebol
Técnico fez o que se propôs quando chegou, que era evitar o risco de queda para a Série B, mas time nem chegou perto de agradar
Quando Fábio afirmou que, se não fosse Felipão, tudo poderia ser ainda pior, o goleiro cruzeirense resumiu bem uma temporada para ser esquecida. Afinal de contas, se os pontos conquistados pelo técnico campeão do mundo em 2002 foram decisivos para a manutenção do Cruzeiro na Série B, o futebol apresentado em nenhum momento empolgou.
Felipão “fechou a casinha”, fez a defesa tomar menos gols, o que foi importante, mas montou um time pouco criativo, que segurou da maneira que conseguiu resultados magros, mas que também viu pontos preciosos serem desperdiçados na ânsia pela manutenção do resultado. Até pela comparação com os demais times, ficou a impressão de que poderia ser bem melhor.
A falta de qualidade do elenco também cooperou para o futebol que não agradou. Jogadores experientes que poderiam ser diferenciais pouco fizeram, como Marcelo Moreno e Sassá. Outros, como Sóbis e Manoel, qualificaram a equipe, mas não a ponto de mudar a realidade. E, claro, Fábio voltou a ser decisivo em vários momentos.
O fato é que Felipão gostaria de contar com mais atletas rodados, quando o caminho poderia ser o de mais jogadores com experiência em jogar a Série B. Talvez o próprio Felipão não seria o técnico mais indicado para esse tipo de competição, apesar do nome, do histórico e, claro, da maior qualidade em comparação aos seus antecessores. Por outro lado, Felipão está bem longe do auge da sua carreira e isso não era novidade para ninguém.
Pensando em uma temporada na qual o objetivo primordial é subir para a Série A, o Cruzeiro tem que pensar bem em quem escolher e alinhar o discurso com o próximo comandante. Se for apostar em jogadores formados em casa, que isso seja deixado bem claro, assim como qualquer outra decisão que vier a acontecer.
Fato é que Felipão
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Frederico Jota