Quatro vezes campeão brasileiro, o Cruzeiro não repete o desempenho quanto o assunto é a artilharia da competição. Somente uma vez a Raposa teve o artilheiro de uma edição do Brasileiro. Foi com o craque Tostão no Torneio Roberto Gomes Pedrosa de 1970, com 12 gols em 18 jogos. Nesta temporada, o atacante Kaio Jorge espera se tornar o segundo jogador do Cruzeiro a ser artilheiro de um Campeonato Brasileiro.
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Kaio Jorge já marcou oito gols neste Brasileirão, mesmo número do atacante Vegetti, do Vasco, e um a menos que o uruguaio Arrascaeta, do Flamengo, que lidera a lista de artilheiros desta edição. O atacante do Cruzeiro disputou 11 das 12 partidas da equipe na competição – ficou de fora somente da derrota por 3 a 0 para o Internacional, no Beira-Rio, na segunda rodada.
Ser artilheiro do Brasileiro é uma das metas estabelecidas por Kaio Jorge para a temporada:
- Comecei este ano a ter o hábito de anotar (as metas). Conversando com minha psicóloga, ela falou: ‘Escreva suas metas para este ano no papel’. Uma é ser convocado para a Seleção Brasileira. Uma também é ser artilheiro do Brasileirão, que acho que está próximo – afirmou o atacante ao podcast “Denílson Show”.
O desempenho atual de Kaio Jorge já é igual aos dos artilheiros do Cruzeiro nas últimas edições do Brasileirão. No ano passado, Matheus Pereira fez oito gols, mesmo número de Bruno Rodrigues em 2023. Em 2018 e 2019, quem mais marcou com a camisa celeste fez apenas seis gols, respectivamente, Arrascaeta e Thiago Neves.
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Ter o artilheiro do Brasileirão é raridade na história do Cruzeiro
Nem mesmo nos anos em que conquistou o título brasileiro, o Cruzeiro conseguiu ter o artilheiro da competição. Em 1966, na Taça Brasil, o atacante Evaldo foi quem mais marcou pelo clube, seis vezes, e os artilheiros do torneio foram Toninho Guerreiro, do Santos, e Bita, do Náutico, com 10 gols.
Em 2003, dois jogadores disputaram a artilharia da Raposa: o meia Alex marcou 23 gols e o atacante Aristizábal, 21. E o artilheiro daquele Brasileirão foi o atacante Dimba, do Goiás, com 31 gols.
Dez anos depois, a situação se repetiu. O atacante Borges e o meia Ricardo Goulart dividiram a artilharia do Cruzeiro com 10 gols cada e ambos ficaram distantes do artilheiro Éderson, do Athletico-PR, com 21.
No Brasileirão de 2014, novamente dois jogadores dividiram a maior parte dos gols do Cruzeiro: o atacante Marcelo Moreno e novamente Ricardo Goulart, com 15 gols. Desta vez, eles ficaram perto do artilheiro, Fred, do Fluminense, com 18 – Henrique do Palmeiras foi o vice-artilheiro, com 16 gols.
Outra ocasião em que o Cruzeiro esteve perto da artilharia do Brasileiro, na era dos pontos corridos, foi em 2008. O atacante Guilherme marcou 18 vezes, apenas três a menos que os artilheiros Keirrison, do Coritiba, Washington, do Fluminense, e Kléber Pereira, do Santos.