Crime em BH
Parlamentar de BH é indiciado pela morte de vereador de Funilândia
Inquérito foi encerrado na última sexta-feira pela Policia Civil de MG
A morte do vereador Hamilton Dias de Moura (MDB) da cidade de Funilândia, na região central de Minas Gerais, foi planejada. É o que aponta o inquérito encerrado pela Polícia Civil de Minas Gerais e entregue na última sexta-feira (23). Dez pessoas foram indiciadas pelo crime, inclusive o vereador de Belo Horizonte Ronaldo Batista (PSC), apontado como um dos mandantes do assassinato.
Sete suspeitos estão presos, incluindo o vereador de BH, dois respondem em liberdade e um está foragido. Além de Ronaldo Batista, o sindicalista Gérson Cezário e o irmão dele, ex-policial penal, seriam os mandantes do crime. Os outros sete indiciados são responsáveis pela execução do vereador de Funilândia.
Hamilton de Moura foi executado em uma área movimentada da região Oeste de Belo Horizonte. Ele era presidente do Sindicato dos Motoristas e Empregados em Empresas de Transporte de Cargas, Logística em Transporte e Diferenciados de Belo Horizonte e Região (Simeclodif), e pré-candidato à prefeitura da cidade interiorana
A motivação do crime, ainda segundo a polícia, envolve um desentendimento que começou há cerca de dez anos, quando Hamilton e Ronaldo, que faziam parte do Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviário de Belo Horizonte e Região e passaram para lados opostos.
O delegado Domênico Rocha explicou o desentendimento. Segundo ele, na década de 90, a vítima era sindicalista e começou a ganhar respeito e prestígio, alcançando a presidência de um sindicato. Já em 2010, ela teria apoiado o atual vereador de Belo Horizonte a se eleger, que na ocasião era presidente de um sindicato. Mas a aliança foi rompida.
"A vítima criou um sindicato à parte e enfraqueceu o sindicato do qual o vereador era presidente à época, não só enfraquecimento político, mas também bases territoriais, que incluem contribuições sindicais e de receitas", explicou o delegado.
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