América: Léo Cupertino vê evolução de Ribamar e detalha situação do DM

Nesta quarta-feira (28), Leonardo Cupertino completou um mês à frente do Núcleo de Performance do América. Um de seus desafios neste período tem sido ajudar a solucionar o aumento no número de lesões no time do América.

Vagner Mancini declarou que as lesões se devem ao novo modelo de jogo que tem sido implementado e Cupertino confirmou a fala do técnico em entrevista exclusiva ao Super.FC. “Quando há mudança de estímulo, é natural que os atletas sintam”, disse. O coordenador comentou que além do calendário enxuto, com média de jogos a cada quatro dias, há outros fatores que influenciam. 

“As lesões são multifatoriais e variam de atleta para atleta. Além disso, o Brasil é um país com dimensões continentais, longas distâncias, viagens, e sem falar no clima, no qual saímos de Salvador na madrugada de sábado, onde estávamos em 27° e chegamos à Belo Horizonte com cerca de 11°, e os atletas sentem isso também, nossa tentativa é de minimizar o impacto”, disse Léo Cupertino.

O preparador físico comentou sobre os casos de Ribamar e Yan Sasse, que se lesionaram sozinhos com menos de dez minutos em campo. Léo afirma que são situações específicas e que não foi possível antever as lesões pois não houve indício nos relatórios do Núcleo de Performance.

“Tanto Ribamar quanto Yan Sasse são jogadores que utilizam muito a força. O Ribamar, trabalhei com ele no Vasco no ano passado, e isso é interessante porque aqui no núcleo de performance sempre analisamos o ano anterior do atleta, e sei do desempenho que ele tinha. Antes da partida [contra o Atlético] ele não queixou de nenhuma dor, nenhum incômodo, por isso foi para o jogo. Ele estava atuando os 90 minutos, como titular… mesmo caso do Yan”, explicou Léo, que era preparador físico do Cruzmaltino.

Um dos jogadores que Mancini anseia pelo retorno é do atacante Ribamar, que está no departamento médico há quinze dias, em tratamento de um estiramento no músculo posterior da coxa esquerda. O América não costuma estimar tempo de recuperação, mas o preparador afirma que o jogador tem se recuperado bem. “É difícil fazer uma estimativa, mas estou muito feliz com o desempenho dele. Nós trabalhamos com períodos de 2 a 4 semanas ou 6 a 8 semanas, mas ele vem bem”, comentou.

O coordenador comentou também sobre os casos de jogadores que chegaram ao América fisicamente abaixo dos demais atletas do plantel como Lucas Kal, Isaque e Luiz Fernando. Isaque, por exemplo, necessitou de um tempo maior de recondicionamento físico devido às sequelas após infecção por Covid-19, que teve antes de chegar ao clube.

“O Isaque é um caso particular.  Ele perdeu muito peso devido a Covid-19, e precisamos trabalhar com ele para que pudesse retornar. Nossa missão aqui é essa, entregar os atletas na melhor condição física, para que possam atingir o mais alto nível de performance”, disse Leonardo. Outro caso aguardado é o de Berrío recém-contratado, mas que aguarda regularização junto à CBF, e enquanto isso passa por recondicionamento.

“O Ademir é um caso positivo, pois trabalhamos para dar a ele mais resistência e confiança também, e ele conseguiu retornar em um mês, jogou e no tempo que pedimos ao Mancini”, completou. O atacante, que se recuperou de lesão muscular na coxa direita, atuou por 25 minutos e recebeu muitos elogios do treinador americano. 

Por fim, Léo Cupertino se disse muito satisfeito com o nível dos atletas que encontrou no clube, principalmente, a performance dos jogadores considerados mais experientes. Apesar de estar há apenas um mês no América, o coordenador trabalha para implementar novos processos e ressalta que suas expectativas estão se realizando.

Retorno

Nesta quarta-feira, o atacante Rodolfo, que se recuperava de lesão muscular na coxa direita, voltou aos treinamentos com o grupo. O jogador ficou fora por nove dias, e desfalcou o time nos jogos contra Sport e Grêmio.