Vacilo no Horto

Coelho 'ressuscita' o Leão no Independência e entra na zona de rebaixamento

América perde em casa para o Sport por 1 a 0, que não vencia há sete rodadas, e se complica na tabela da Série A do Brasileiro

Por Rodrigo Rodrigues
Publicado em 19 de julho de 2021 | 21:58
 
 
 
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A Série A do Campeonato Brasileiro chega ao primeiro terço das 38 rodadas e América e Sport mostraram em campo o porquê ocupam a parte de baixo da tabela. Jogando no Independência, mineiros e pernambucanos se entregaram, correram, brigaram. Contudo, faltou o algo mais, a centelha de qualidade que permita às duas equipes ter aspirações mais ambiciosas na competição. Pior ainda para a equipe de Vagner Mancini, batida em casa por 1 a 0, num golaço de Paulinho Moccelin, nesta segunda-feira (19). O Leão não vencia há sete rodadas, mas conseguiu ressuscitar em cima do Coelho, que acumula o terceiro revés seguido no Brasileirão 

Com o resultado, o time alviverde termina a 12ª rodada na zona de rebaixamento, com nove pontos, em 17º lugar.  O rubro-negro de Recife, por sua vez, respira um pouco ao chegar aos dez pontos e saltar para o 16º lugar, fora do Z-4. O Coelho volta a campo no sábado (24), quando encara o Grêmio, às 17h, em Porto Alegre. No domingo, o Sport recebe o Ceará, às 20h30, na Ilha do Retiro.

O América tentou acuar o Sport em seu campo durante toda a primeira etapa. Os três zagueiros, por exemplo, passaram a maior parte do tempo postados no campo adversário, especialmente Eduardo Bauermann, que por várias vezes iniciou a armação das jogadas como se fosse um volante pelo lado direito.

O Coelho, porém, encontrou muita dificuldade para superar a marcação do Leão. Esbarrou em um sistema excessivamente defensivo e nas próprias limitações. Não por falta de movimentação dos jogadores, mas pela carência de qualidade na armação das jogadas. O time de Vagner Mancini ainda encontra muita dificuldade para organizar as ações, fazer tabelas, confundir a marcação adversária e colocar os atacantes em boas condições para finalizar.

O América dominou a posse de bola na fase inicial: 61% contra 39% dos visitantes. Apesar da aparente vantagem territorial, não foi eficiente. Finalizou apenas duas vezes com relativo perigo, por intermédio de Felipe Azevedo e Alan Ruschel. Em contrapartida, mesmo jogando mais recuado e optando pelo contra-ataque, o Sport conseguiu assustar mais Matheus Cavichioli, que fez azer duas ótimas intervenções em chutes de Gustavo e Ze Welison.

Mancini tentou melhorar a armação e voltou para o segundo tempo com Yan Sasse na vaga de Carlos Alberto. Ele entrou procurando o jogo, mas durou pouco sua participação. Deixou o gramado, lesionado, logo aos 8 minutos do segundo tempo, dando lugar a Gustavo. A alteração acabou jogando por terra a estratégia do treinador.

Na primeira vez tabela eficiente na partida, Juninho trocou passe com Fabrício Daniel pela esquerda, que bateu rasteiro levando muito perigo à meta de Maílson. O bom lance apenas após 68 minutos de partida evidenciou a dificuldade americana para armar as jogadas.

Umberto Louzer mudou o Sport, ao colocar peças descansadas, mantendo a proposta de contragolpear o Coelho. Os experientes Tréllez e André foram a campo, nos lugares de Mikael e Everaldo. Depois, acionou Paulinho Moccelin.

As alterações de Louzer surtiram efeito. O Leão da Ilha passou a atacar com mais efetividade e chegou ao gol da vitória aos 40 minutos, numa linda jogada de Paulinho Moccelin, que mandou no ângulo de Cavichioli.

FICHA TÉCNICA
AMÉRICA 0 X 1 SPORT
Motivo: 12ª rodada da Série A do Campeonato Brasileiro
Data: 19 de julho de 2021
Local: Arena Independência, em Belo Horizonte (MG)
Gol: Paulinho Mocelin, aos 40 minutos do segundo tempo
Cartões amarelos: Zé Vitor (América); Betinho e Hayner (Sport)
Árbitro: Vinicius Gomes do Amaral (CBF/RS)
Assistentes: Jorge Eduardo Bernardi (CBF/RS) e Andre da Silva Bitencourt (CBF/RS)

América: Matheus Cavichioli; Eduardo Bauermann, Ricardo Silva e Zé Vitor;  Eduardo (Diego Ferreira), Juninho Valoura, Juninho, Felipe Azevedo (Marcelo Toscano) e Alan Ruschel (João Paulo); Carlos Alberto (Yan Sasse, depois Gustavo) e Fabrício Daniel. Técnico: Vagner Mancini

Sport: Mailson; Hayner, Rafael Thyere, Sabino e Chico; Marcão, Zé Welison (Ronaldo Henrique) e  Thiago Lopes (Paulinho Moccelin) e Gustavo Oliveira (Betinho); Mikael (André) e Everaldo (Tréllez). Técnico: Umberto Louzer.

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