Campeonato Brasileiro

‘Não tenho dúvidas que o empate tem sabor de derrota’, diz Mancini

Apesar de destacar volume de jogo do América no 1º tempo, o técnico atribuiu queda de rendimento no 2º tempo ao cansaço após viagem de volta da Colômbia

Por Gabriel Ferreira Borges
Publicado em 22 de maio de 2022 | 00:36
 
 
 
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O técnico Vagner Mancini admitiu que o empate cedido pelo América ao Botafogo, neste sábado (21), no Independência, pela 7ª rodada do Campeonato Brasileiro, teve sabor de derrota. À frente do marcador até aos 41 minutos do 2º tempo, o Coelho viu o atacante Erison, de cabeça, após cobrança de escanteio, evitar a vice-liderança provisória no Brasileirão. O empate mantém a equipe americana na oitava colocação, com dez pontos ganhos.

De acordo com Mancini, resta ao América assimilar o empate a cinco minutos do fim do jogo. “Nós estávamos vencendo até o final do jogo, mesmo a gente reconhecendo que foi um jogo muito equilibrado, onde o América foi melhor no 1º tempo e o Botafogo foi melhor na 2ª etapa. A gente chegou muito perto da vitória, então isso, de certa forma, deixa a gente um pouco chateado. Mas é o futebol, é o Brasileirão. A gente tem que saber assimilar isso. Somamos um ponto”, afirmou em entrevista coletiva pós-jogo.

O técnico avaliou que, entre os 20 minutos iniciais e o intervalo, o Coelho teve um volume de jogo “muito interessante”, onde saiu à frente, mas perdeu várias oportunidades de gol. “Aí, voltou para a 2ª etapa e nós encontramos um Botafogo com uma postura diferente. É óbvio que, na 2ª etapa, você começa a sentir os efeitos de uma viagem, de ter jogado lá na Colômbia, de ter chegado quinta-feira meia-noite, de não ter tido tempo de treinamento, de descanso”, pontuou.

Embora tenha ponderado que não seja uma desculpa, Mancini avaliou que o Botafogo teve mais força física nos minutos decisivos. “E a minha ideia era não substituir os cinco (jogadores), porque estava encaixado e eu não queria estragar aquilo que nós estávamos fazendo em campo. A gente vinha suportando bem, sofrendo, mas suportando bem. Infelizmente, a gente acabou cedendo o empate no final”, lamentou.

Questionado, o treinador atribuiu a substituição de Gustavinho, até então o único jogador de velocidade, por Alê, aos 15 minutos do 2º tempo, à entrada do lateral-esquerdo Hugo. “Hugo entrou descansado, então nós tínhamos que realinhar o nosso sistema de marcação. A opção era jogar o Rodriguinho para o lado direito com a entrada do Zé Ricardo no meio, mas o Alê já havia entrado”, argumentou. Zé Ricardo entraria, aos 28, no lugar de Henrique Almeida.

Conforme Mancini, a comissão técnica esperava que, ao fim do jogo, tivesse outras duas substituições. “Assim como foram feitas a do Kawê e a do Ramírez (aos 45 minutos), mas um pouco antes. Como o time foi suportando, suportando, não quis mexer antes. A intenção foi exatamente suportar com jogadores mais tarimbados, porque sabíamos que o jogo era mais difícil até o final”, justificou.

O América voltará a campo, na próxima quarta-feira (25), às 21h, quando enfrentará o Independiente del Valle, no Estádio Banco de Guyaquil, em Quito, no Equador. O jogo é válido pela última rodada da fase de grupos da Libertadores da América, em que o Coelho já está eliminado. Já pelo Brasileiro, o América entrará em campo no próximo domingo (29), às 18h, quando visitará o Corinthians na Neo Química Arena.

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