A suspensão da partida entre Flamengo e Palmeiras em função do surto de coronavírus no elenco do Rubro-Negro tem agitado os bastidores do futebol brasileiro. O presidente do Atlético, Sérgio Sette Câmara, usou suas redes sociais para se pronunciar sobre o caso e criticou a decisão de o jogo não ocorrer neste domingo (27).

"Os regulamentos são claros, com previsão de penas gravíssimas: os clubes não podem pleitear nem se beneficiar de decisões da 'Justiça Comum' que digam respeito à organização das competições", postou Sette Câmara.

 

O Flamengo não entrou na Justiça comum, mas se beneficiou de uma decisão dela. O clube tentou a suspensão do duelo junto à CBF, sem sucesso. Com isso, o Sindiclubes, que representa funcionários de clubes do Rio de Janeiro, entrou com uma ação no Tribunal de Trabalho do Rio de Janeiro (TRT-RJ) e conseguiu uma liminar para a suspensão do duelo.

A CBF recorreu ao TRT, sem êxito. Agora, a entidade tenta recorrer ao Tribunal Superior do Trabalho (TST) para que a partida ocorra. A entidade defende que os clubes aceitaram o protocolo para a realização do campeonato e que o Flamengo pode inscrever mais atletas para a realização da partida. O STJD também negou pedido do Rubro-Negro, defendendo que o jogo aconteça.

"Por isso, é bom lembrar: os clubes estão unidos e atentos. Os tempos são outros. Rivais só dentro de campo. A lei é para todos", completou Sette Câmara. Nos bastidores, muitos clubes não têm concordado com as ações do Flamengo, que lidera movimentos sem dialogar com outros clubes.

Só no elenco do Flamengo, há 16 jogadores com coronavírus. O clube enfrenta um surto na delegação que viajou para o Equador na última semana, pela Libertadores.